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22.3.25

Avaliação de Língua Portuguesa para o 1º ano do Ensino Médio

Estude para o ENEM desde já! Segue uma avaliação de Língua Portuguesa que pode ser aplicada no Ensino Médio.



1) O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a

a) opressão das minorias sociais.

b) carência de recursos tecnológicos.

c) falta de liberdade de expressão.

d) defesa da qualificação profissional.

e) reação ao controle do pensamento coletivo.

 

2)


Segundo a tirinha acima, é INCORRETO afirmar que:

a) as linguagens verbal e não verbal são utilizadas pelas duas personagens.
b) somente a Susanita que utiliza a linguagem não verbal quando levanta o dedo.
c) a linguagem verbal é representada pelas falas das personagens.
d) a linguagem não verbal envolve as expressões e os movimentos das personagens.
e) em todos os quadros, temos o uso da linguagem verbal e não verbal.

3)


O cartaz aborda a questão do aquecimento global. A relação entre os recursos verbais e não verbais nessa propaganda revela que

a) o discurso ambientalista propõe formas radicais de resolver os problemas climáticos.
b) a preservação da vida na Terra depende de ações de dessalinização da água marinha.
c) a acomodação da topografia terrestre desencadeia o natural degelo das calotas polares.
d) o descongelamento das calotas polares diminui a quantidade de água doce potável do mundo.
e) a agressão ao planeta é dependente da posição assumida pelo homem frente aos problemas ambientais.


 

4) Analise.


Em todo feriado prolongado, o Governo Federal lança campanhas de conscientização em relação aos perigos nas rodovias. Um dos temas mais abordados é a combinação nada perfeita do álcool e direção. Analisando o anúncio em questão, é possível afirmar que:

a) o texto não verbal não faz referência ao feriado em questão.

b) a iniciativa tem o objetivo de causar impacto e sensibilizar a população sobre os cuidados com o trânsito durante as festas.

c) há exagero ao retratar um acidente, o que reduz a credibilidade da campanha.

d) o modo imperativo “Seja você” não é indicado para o resultado esperado, visto que não devemos influenciar os leitores em propagandas.

 

 

A análise do meme a seguir fundamenta a resolução da próxima questão.

5) Os possíveis significados do vocábulo “sujeito” na pergunta do professor levou o aluno a

a) formular uma resposta incoerente.
b) apresentar uma resposta coerente, embora não atenda à expectativa do professor.
c) fornecer a resposta esperada pelo professor.
d) elaborar uma resposta ambígua, permitindo dupla interpretação por parte do professor.
e) incorrer no erro de buscar uma resposta que se ajustasse ao contexto de estudo da língua.


6) Leia o infográfico para responder ao que se pede.

A partir da leitura do infográfico, é INCORRETO afirmar que:

a) A confiança nas mídias sociais foi mais afetada do que a nos telejornais.

b) A maior parte dos espectadores de telejornais não teve sua confiança abalada.

c) O aumento de confiança em relação às redes sociais se encontra acima da média dos veículos de comunicação.

d) Os aplicativos de mensagens foram considerados mais confiáveis do que os de mídias sociais.

 

7) Leia com atenção.

Arte ao alcance de todos

Apoderar-se de espaços públicos em nome do registro histórico, da arte livre e da contestação sempre atraiu as pessoas, desde o início dos tempos. Desenhos do cotidiano das comunidades já podiam ser vistos nas cavernas, em pinturas rupestres, datadas da Pré-História. Inscrições urbanas semelhantes também podem ser encontradas na cidade de Pompeia (na Itália), que mesmo tendo sido invadida por lavas vulcânicas, preservou as marcas de manifestos e propagandas políticas impressas nas construções.

Esses registros fazem parte da história do graffiti – ou grafite, em português - uma prática que hoje em dia é considerada uma arte, um movimento e a expressão de uma cultura de classe. O grafite moderno, feito com tinta e latas de spray, teve origem em Nova Iorque, nos Estados Unidos, ainda durante os anos 70, quando o movimento hip-hop dava os seus primeiros passos. Os símbolos gravados nos muros serviam como forma de comunicação entre gangues. Essa prática ainda está vinculada à cultura de periferia, não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil. A diferença é que hoje existe uma divisão mais nítida entre a pichação, usada como instrumento de protesto e de vandalismo, e o grafite, que embora mantenha a característica marginal¹, é considerado uma expressão da arte de rua. (...)

O grafite é uma das expressões mais populares da arte de rua, mas existem outras técnicas plásticas que integram as intervenções urbanas. Colagem, stencilart e pintura mural também são algumas das práticas desenvolvidas. Dança, música e encenações teatrais integram, da mesma forma, essas manifestações. (...)

(Gazeta do Povo, Curitiba, 4 set. 2005. Caderno G – adaptado)

¹ Marginal: aquele que foi excluído da sociedade ou prefere viver fora dela; localizado à margem de.

No que diz respeito ao grafite, o texto revela que

a) é uma das expressões mais populares da arte de rua, mas existem outras poucas técnicas plásticas que integram as intervenções urbanas.

b) o grafite moderno, feito com tinta e latas de spray, teve origem em Washington, nos Estados Unidos, ainda durante os anos 70.

c) apesar de manter a característica marginal, é considerado uma expressão da arte de rua.

d) grafite, em francês, é uma prática que hoje em dia é considerada uma arte, um movimento e a expressão de uma cultura de classe.

e) por ser marginalizado, não é considerado uma expressão da arte de rua. 

15.10.23

7 Atividades de sala de aula para Educação de Jovens e Adultos (EJA)

1. Marque a alternativa INCORRETA sobre debate regrado.

 

a) Não basta apenas ter uma opinião sobre um assunto, mas é preciso saber expor, falar sobre a opinião.

b) O debate, além de desenvolver as capacidades argumentativas, contribui para cultivar valores como respeito pela opinião do outro e cuidado com o ato da fala.

c) Não há como saber falar, saber posicionar-se se não for proporcionada aos alunos esta possibilidade.

d) Este tipo de debate é proibido durante o período eleitoral.


2.



Sobre os sentidos estabelecidos pelos operadores argumentativos presentes nessa tirinha, analise as afirmações a seguir:

 

      I- O elemento “se” empregado no primeiro balão indica uma condição para o fato principal.

 

II-       II- A conjunção aditiva “e” no segundo balão tem valor alternativo, colocando o vendedor em situação de escolha.

 

        III-  Na fala do vendedor no terceiro balão, a conjunção “mas” estabelece oposição recriminando a proposta feita pelo cliente (Hagar).

 

 Está(ão) correta(s), apenas:

 

a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) apenas a I.

e) apenas a III.


Leia o texto para responder às questões 3, 4 e 5.

 

Ícaro

    Dédalo construiu o labirinto para Minos, mas, depois, caiu no desagrado do rei e foi aprisionado em uma torre. Conseguiu fugir da prisão, mas não podia sair da ilha por mar, pois o rei mantinha severa vigilância sobre todos os barcos que partiam e não permitia que nenhuma embarcação zarpasse antes de ser rigorosamente revistada.

    “Minos pode vigiar a terra e o mar, mas não o ar” – disse Dédalo. “Tentarei esse caminho.”

    Pôs-se, então, a fabricar asas para ele próprio e para seu jovem filho, Ícaro. Uniu as penas, começando das menores e acrescentado as maiores, de modo a formar uma superfície crescente. Prendeu as penas maiores com fios e as menores com cera e deu ao conjunto uma curvatura delicada, como as asas das aves. O menino Ícaro, de pé, ao seu lado, contemplava o trabalho, ora correndo para ir apanhar as penas que o vento levava, ora modelando a cera com os dedos e prejudicando, com seus folguedos, o trabalho do pai. Quando, afinal, o trabalho foi terminado, o artista, agitando as asas, viu-se flutuando e equilibrando-se no ar. Em seguida, equipou o filho da mesma maneira e ensinou-o a voar, como a ave ensina ao filhote, lançando-o ao ar, do elevado ninho.

    – Ícaro, meu filho – disse, quando tudo ficou pronto para o voo -, recomendo-te que voes a uma altura moderada, pois, se voares muito baixo, a umidade emperrará tuas asas e, se voares muito alto, o calor as derreterá. Conserva-te perto de mim e estarás em segurança.

    Enquanto dava essas instruções e ajustava as asas aos ombros do filho, Dédalo tinha o rosto coberto de lágrimas e suas mãos tremiam. Beijou o menino, sem saber que era pela última vez, depois, elevando-se em suas asas, voou, encorajando o filho a fazer o mesmo e olhando para trás, a fim de ver como o menino manejava as asas. Ao ver os dois voarem, o lavrador parava o trabalho para contemplá-los e o pastor apoiava-se no cajado, voltando os olhos para o ar, atônitos ante o que viam, e julgando que eram deuses aqueles que conseguiam cortar o ar de tal modo.

    Os dois haviam deixado Samos e Delos à esquerda e Lebintos à direita, quando o rapazinho, exultante com o voo, começou a abandonar a direção do companheiro e a elevar-se para alcançar o céu. A proximidade do ardente sol amoleceu a cera que prendia as penas e estas desprenderam-se. O jovem agitava os braços, mas já não havia penas para sustentá-lo no ar. Lançando gritos dirigidos ao pai, mergulhou nas águas azuis do mar que, de então para diante, recebeu o seu nome.

    – Ícaro, Ícaro, onde estás? – gritou o pai.

    Afinal, viu as penas flutuando na água e, amargamente, lamentando a própria arte, enterrou o corpo e denominou a região Icária, em memória ao filho. Dédalo chegou são e salvo à Sicília, onde ergueu um templo a Apolo, lá depositando as asas, que ofereceu ao deus.

Thomas Bulfinch. “O livro de ouro da mitologia”. Rio: Ed. Tecnoprint, 1965, p. 174-6.

3.   Pode-se afirmar que o texto lido é:

a)    a) um mito.

b)    b) um conto.

c)    c) uma lenda.

d) uma crônica. 


4.

Segundo o narrador, Dédalo foi aprisionado em uma torre porque:

a)    “construiu o labirinto para Minos”.

b)    “caiu no desagrado do rei”.

c)    “conseguiu fugir da prisão”.

d)    “o rei mantinha severa vigilância sobre todos os barcos”.



5.

O voo de Ícaro começa a se complicar quando:

a)    ele se eleva rumo ao céu.

b)    ele se aproxima do sol ardente.

c)    ele mergulha nas águas azuis do mar.

d)    ele acompanha o voo do pai.


Texto para as questões 6 e 7.

Blecaute

    “Sabia que a luz elétrica, no Brasil, existe apenas de uns 100 anos pra cá?” Essa foi a pergunta que meu professor de violão clássico me fez no meio de um blecaute demorado – culpa de um gerador queimado por algum raio – que fez com que a aula tomasse outro andamento, totalmente improvisado, mas não menos proveitoso.

    Não. Eu nunca tinha pensado nisso. Assim como as crianças do século XXI não sabem o que é viver sem computador, eu também já nasci dependendo da luz elétrica para tudo o que faço. Não me imagino sem o banho quentinho, o refrigerante gelado, o computador, o abajur e tantos outros vícios de conforto que nem percebemos que só existem por causa da eletricidade.

    É certo que, em tempos de racionamento, lembramos o tempo todo de reduzir seu consumo, mas, ficar totalmente sem ela, jamais. Duvido que algum torcedor fanático deixe de acompanhar o Brasileirão no rádio ou na televisão. Duvido também que no friozinho matinal alguém se atreva a tomar um banho gelado. E eu, confesso, não deixo de ligar meu secador de cabelo nem de usar a internet, e me recuso a sair com a roupa amarrotada… A energia elétrica, realmente, é essencial.

    Mas, além dos benefícios da luz, a pergunta do meu professor me fez pensar em como as pessoas de 100 anos atrás viviam. Aposto que o que parece impossível para nós elas tiravam de letra. A paciência e o tempo eram muito maiores. E o romantismo também.

    Para se mandar uma carta, era preciso escrever à mão, levar ao correio, esperar, esperar, esperar até o destinatário receber, resolver responder, ir ao correio, esperar outro tanto e, aí sim, descobrir o que ele pensou do que você quis dizer. Hoje em dia, o assunto já estaria ultrapassado depois de toda essa espera. E a falta de paciência e o excesso de ansiedade não mais permitem esse luxo. Agora tudo é feito por e-mail, e, assim que ele é enviado, já queremos receber a resposta.

    Para se enxergar à noite, era necessário usar velas e lampiões. As pessoas se recolhiam mais cedo, conversavam mais e passeavam sob a luz da lua, sem medo da violência, que deve ter nascido na mesma época da eletricidade.

    Para se ouvir música, só se fosse ao vivo. Serenatas, saraus, bandas na praça…Talvez por isso as pessoas de antigamente tinham mais aptidão musical. Desde cedo eram incentivadas a “fabricar a música”, ao contrário de hoje, em que já a encontramos pronta em qualquer estação de rádio.

    Tudo é costume. Até alguns anos atrás, eu vivia perfeitamente sem computador e celular. Agora, se passo um dia sem, me sinto assim. As pessoas começaram a usar e se esqueceram da tranquilidade de uma noite realmente escura.

    Quando a luz finalmente voltou, minha aula já tinha acabado. Reacostumar com a claridade foi bem mais difícil do que me adaptar à falta dela. Os olhos arderam, as pessoas deixaram de ser espontâneas, o romantismo das velas sumiu.

    Talvez esses 100 anos de claridade noturna não tenham sido tão pouco assim, já que foram suficientes para esquecermos o bem que a ausência dela faz. O melhor é usar a desculpa do racionamento, apagar todas as luzes e mudar o andamento da vida, antes que um clarão mais forte ofusque, irreversivelmente, a nossa visão. E nos faça esquecer que o improviso de uma vela pode iluminar bem mais…

(PIMENTA, Paula. “Apaixonada por palavras”. Belo Horizonte: Ed. Gutenberg, 2015.)

6. Aponte o fato que motivou a narrativa:

a) a pergunta feita pelo professor de violão clássico sobre a eletricidade.

b) o blecaute demorado na aula de música.

c) a comodidade proporcionada pela eletricidade.

d) o retorno da luz na aula de música.



7.

Quem narra o texto, também é personagem da história. Identifique a passagem que comprova isso:

a) “E eu, confesso, não deixo de ligar meu secador de cabelo nem de usar a internet […]”

b) “Para se mandar uma carta, era preciso escrever à mão […]”

c) “As pessoas começaram a usar e se esqueceram da tranquilidade de uma noite […]”

d) “Os olhos arderam, as pessoas deixaram de ser espontâneas, o romantismo das velas sumiu.”


Avaliação de Língua Portuguesa para o 8º ano do Ensino Fundamental

15 questões de Língua Portuguesa para você elaborar uma Avaliação de Língua Portuguesa para as suas turmas e alunos do 8º ano do Ensino Fundamental! 


1)      Epopeias são extensos poemas narrativos que contam um feito grandioso de um herói, o protagonista e representante de uma nação, de um povo. Esses textos possuem

a)      estrutura definida: proposição, dedicatória, invocação, narração e conclusão.

b)      estrutura variável de acordo com o desejo do poeta.

c)      eu lírico ou eu poético que expressam seus sentimentos.

d)     versos livres em toda a sua extensão.

 

 

Leia o texto para responder à próxima questão.

 

Crônica parafraseada de uma Síria em guerra

Ela abre os olhos. Não fosse o cheiro horrível de morte, o silêncio seria até agradável, mas o olfato a lembra que não há paz 1– nem pessoas, vizinhos, crianças. A trégua na manhãzinha não traz esperança. Tão somente lhe permite descansar o corpo, mas não a mente. As lembranças da noite anterior ainda produzem sobressaltos. Bombas, casas caindo e soldados gritando.

Levanta-se, bebe o pouco da água que restou do copo ao lado da cama. Já não é tão limpa, nem farta como antes. Sempre um gosto amargo misturado com

Abre a geladeira, e só encontra comida enlatada e congelada. E mesmo não tão congelada assim, já que os cortes diários de eletricidade derretem as camadas de gelo.

Os sobrinhos ainda dormem, e ela tenta orar. Não consegue. A mente desconcentra-se facilmente. Em uma prece fragmentada, pede a Deus descanso e trégua. E faz a oração sem pensar muito. Não precisa; é a mesma oração das últimas semanas.

Ela não quer sair de casa. Não é teimosia, é falta de opção. 2“Para onde ir?”, pergunta, com uma voz desesperançosa. Está tão confusa que não consegue imaginar saídas.

Nem a piedade de enterrar os mortos o governo permite. Cadáveres estão espalhados pelas ruas. As forças de Assad 3impediram de sepultar ou mesmo remover os restos mortais. Ou seja, mesmo viva, ela não tem como fugir da morte escancarada diante de seus olhos. Não é fácil acreditar na vida, quando a realidade grita o contrário.

Se não podem sepultar os mortos, os sobreviventes tentam ao menos ajudar a curar as feridas dos machucados. Não podem levá-los aos hospitais da cidade, já que há um medo generalizado de que o governo prenda os feridos como se fossem prisioneiros de guerra. Resta improvisar atendimento nos campos. Não bastasse a precariedade do atendimento, não há medicamentos suficientes.

Rebeca, de 32 anos, é trabalhadora autônoma. Ou melhor, 4era. Agora já não sabe mais o que é e o que faz em sua cidade Damasco, capital da Síria.

 

Crônica parafraseada do depoimento de uma moradora da capital da Síria (identificada apenas pela letra “R”) ao jornal Folha de São Paulo, de quarta-feira, dia 25. A Síria está em revolta há 16 meses contra a ditadura de Bashar al-Assad. Nos últimos dias, o confronto contra os rebeldes se acirrou e as mortes aumentaram.

 

Disponível em: <http://ultimato.com.br/sites/fatosecorrelatos/2012/07/26/

cronica-parafraseada-de-uma-siria-em-guerra/> Acesso em: 14 set. 2015.

 

2)      Sobre o texto, são feitas as seguintes afirmações:

 

I. A narradora, um dia após um bombardeio na cidade de Damasco, conta um episódio trágico por ela vivido.

II. O texto descreve o drama de uma refugiada síria, em Damasco, que se depara cotidianamente com a morte.

III. A crônica foi inspirada em um caso verídico relatado por uma sobrevivente da guerra na Síria.

IV. A narradora, intitulada Rebeca, vive uma situação dramática: a guerra na Síria.

 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II, III e IV.   

b) I e IV apenas.   

c) III apenas.   

d) II, III e IV apenas.   

 

 

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

 

A estranha passageira

Stanislaw Ponte Preta

 

– O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de voo - e riu nervosinha, coitada.

Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. Lá se foi a oportunidade de ler o romance policial que eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem. Suspirei e me fiz de educado respondendo que estava às suas ordens.

Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. A coisa foi ficando ridícula:

– Para que esse saquinho aí? – foi a pergunta que fez, num tom de voz que parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo.

– É para a senhora usar em caso de necessidade – respondi baixinho.

Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos adivinharam qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou:

– Uai... as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro? Alguns passageiros riram, outros – por fineza – fingiram ignorar o lamentável equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas ela era um azougue* (...) e não parava de badalar. Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos por todos os lados.

O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:

– Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?

Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.

Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.

Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janelinha para ver a paisagem) e gritou:

– Puxa vida!!!

Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:

– Olha lá embaixo.

Eu olhei. E ela acrescentou:

– Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o pessoal lá embaixo parece formiga.

Suspirei e lasquei:

– Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou voo.

 

<http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2013/08/

a-estranha-passageira-estanislaw-ponte.html> Acesso em: 26.02.2015. Adaptado.

 

* azougue: indivíduo que expressa ligeireza; quem é muito rápido.

 

3) De acordo com as características dessa crônica, é correto afirmar que se trata de um texto

a) narrativo, pois conta um fato por meio das linguagens verbal e não verbal.   

b) narrativo, pois conta, em primeira pessoa, um fato que pode ser verídico ou fictício.   

c) narrativo, pois conta, em terceira pessoa, um fato que pode ser verídico ou fictício.   

d) descritivo, pois o autor explora as características físicas das personagens.   

 

 

4) O Brasil jovem está “curtindo” o vestibular.


Os termos destacados no período acima são, respectivamente:

a)      adjunto adverbial e objeto direto.

b)      predicativo do sujeito e objeto direto.

c)      adjunto adnominal e complemento nominal.

d)     adjunto adnominal e objeto direto. 

 

 

5) A função sintática do segmento destacado em "O combate À VIOLÊNCIA é uma necessidade geral [...]" encontra correta classificação na alternativa:

a) objeto direto.

b) objeto indireto.

c) complemento nominal.

d) adjunto adnominal.

 

 

6) Analise as duas construções a seguir e assinale a alternativa que apresenta uma análise correta.

A crítica do autor foi cruel.
A crítica ao autor foi cruel.

 

a)      Os termos do autor e ao autor exercem a mesma função sintática.

b)      Não houve alteração semântica com a troca da preposição “de” por “a”.

c)      O termo “ao autor” exerce a função sintática de complemento nominal.

d)     Na 1ª frase, “do autor” tem sentido passivo, funcionando como complemento.

 

 

7) Assinale a alternativa em que o termo em destaque exerce a função de complemento nominal.

a) A enchente alagou a cidade.

b) Precisamos de mais informações.

c) A resposta ao aluno não foi convincente.

d) O professor não quis responder ao aluno.

 

 

8)

História estranha

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e…

O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.

O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!

(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

 

O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem:

a) Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo.
b) Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena.
c) Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade.
d) O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente.

 

9) “O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trânsito; forçando a que os motoristas dos carros menores ________, muitas delas, completamente sem _________. Os espações podem ser completados adequadamente com a seguinte sequência:

a) tráfico – infrações – inflijam – concerto;
b) tráfego – infrações – inflijam – conserto;
c) tráfego – inflações – infrinjam – conserto;
d) tráfego – infrações – infrinjam – conserto.

10)



O efeito de sentido do texto acima é causado através

a) da rotina de afazeres que o menino tem durante o dia.

b) da semelhança fônica entre as palavras “cestas”, “sestas” e “sextas”, mas com significados diferentes.

c) da semelhança gráfica entre as palavras “cestas”, “sestas” e “sextas”, mas com significados diferentes.

d) do fato de “cestas”, “sestas” e “sextas” terem o mesmo som e significados equivalentes.

 

 

11) Leia o texto em destaque e marque a única alternativa correta.

 

VEREADOR NA PB É CASSADO APÓS DENÚNCIA DE AGRESSÃO E AMEAÇA CONTRA OUTROS VEREADORES

 

O vereador Roberto Rodrigues (PC do B) foi eleito com 193 votos em outubro de 2016 na cidade de Pedra Branca, no Sertão paraibano. Ele teve o seu mandato cassado pelos outros vereadores por quebra de decoro parlamentar, com base em uma denúncia de agressões verbais, ameaças e uma suposta tentativa de agressão física contra o presidente da sessão de solenidade de posse dos vereadores em 1º de janeiro.

(Retirado de: http://g1.globo.com)

 

a)      A função deste texto é dar a opinião sobre o ocorrido.

b)      A palavra “cassado” no título do texto está escrita errada, deveria ser “caçado”.

c)      A palavra “sessão” no final do texto está correta, pois significa “divisão”, “partição”.

d)     Tanto a palavra “cassado” quanto “sessão” foram usadas de forma correta no texto.

 

 

12) Identifique a figura de linguagem predominante na tirinha a seguir.



a)      Pleonasmo.

b)      Eufemismo.

c)      Hipérbole.

d)     Gradação.

 

 

13) O pleonasmo é a reiteração de uma mesma ideia por meio de uma superabundância ou repetição de palavras. Quando este recurso nada acrescenta e pode resultar de uma ignorância do sentido exato da palavra, temos um pleonasmo vicioso. Indique, dentre as seguintes alternativas, aquela em que o termo destacado pode ser considerado um pleonasmo vicioso.

a) Paisagens, quero-as comigo!

b) A plateia gostou do principal protagonista.

c) Sei de uma criatura antiga e formidável.

d) Como são charmosas as primeiras rosas.

 

 

14) Identifique a figura de linguagem presente nos versos destacados a seguir.

 

 

A explosiva descoberta

Ainda me atordoa.

Estou cego e vejo.

Arranco os olhos e vejo.

(Carlos Drummond de Andrade)

a)      Hipérbole.

b)      Eufemismo.

c)      Antítese.

d)     Paradoxo.

 

 

15)

O labirinto dos manuais

                Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!

               Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

              — Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.

             Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

             Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz?

             Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

             Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!

(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)

 

 

 

Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco

a)      a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação.

b)      a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto.

c)      o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano.

d) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor.

Vida e obra de George Orwell

George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair, foi um escritor, ensaísta e jornalista britânico, conhecido por suas obras "A Revolução...