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25.11.23

Avaliação de Língua Portuguesa [8º ano]

 Leia os textos abaixo para responder às questões 1 e 2.

 

Texto 01

10 

15

O PEQUENO PRÍNCIPE 

Antoine de Saint-Exupéry, um escritor francês, criou em 1943 uma história que vem cativando desde então todos que a leem. O herói dessa história é o Pequeno Príncipe, um personagem sensível que tem um jeito todo especial de contar as coisas e vem de um planeta diferente do nosso.  

Já pensou como deve ser morar num lugar tão pequeno que para ver um maravilhoso pôr do sol várias vezes por dia basta mudar a cadeira de lugar? Esse lugarzinho minúsculo era o planeta do Pequeno Príncipe. Toda manhã ele saía de casa para cuidar de seu tesouro, uma rosa muito bonita, e apagar vulcõezinhos. 

Ele conta tudo sobre sua vida para um aviador que faz um pouso de emergência em pleno deserto, onde eles se encontram. Uma das partes mais famosas do livro é a ideia de amizade que o Pequeno Príncipe explica ao aviador. Na verdade, uma raposa lhe havia ensinado: para fazer uma amizade, você tem de conquistar a pessoa, cativá-la. Mas não basta só isso, pois “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". 

Além de escritor, Saint-Exupéry era também aviador profissional. Será que ele teve alguma experiência parecida? Afinal, em literatura a gente nunca sabe se o escritor inventou tudo ou se ele viveu alguns dos acontecimentos da história. 

Disponível em: <http://www.canalkids.com.br/portal/barra/clubv.php?u=../cultura/index.htm> Acesso em 01 de Mar. 2020

Texto 02

O Pequeno Príncipe (título original em francês: Le Petit Prince) é a obra mais famosa do aviador e escritor Antoine de Saint-Exupéry. Foi publicada pela primeira vez em 06 de abril de 1943. Traduzido para 160 línguas e dialetos, é um dos maiores sucessos de vendas de todos os tempos, e o livro francês mais vendido no mundo. 

A história evoca temas universais como o amor, a amizade, o sentido da vida e a natureza humana. Realiza uma crítica ao homem e à civilização moderna que levam à perda dos valores mais essenciais do ser humano. Defende que a sabedoria das crianças pode servir como guia para a vida adulta. Os adultos são sérios, não conseguem desfrutar a vida porque não sabem o que é verdadeiramente importante, o essencial não é percebido por ser invisível. 

Disponível em: <http://demonstre.com/o-pequeno-principe-resenha> Acesso em 01 de Mar. 2020

 

 

1) Comparando os dois textos acima, é correto afirmar que  

A) ambos apresentam informações idênticas.

B) ambos são semelhantes, pois falam sobre o livro O Pequeno Príncipe

C) o texto I apresenta a biografia de Antoine de Saint-Exupéry. 

D) o texto II relata uma crítica sobre o filme O Pequeno Príncipe

 

 

2) De acordo com o texto II, a história do livro O Pequeno Príncipe trata de temas universais como

A) a riqueza, a amizade e a busca pelo poder. 

B) a vida, a morte e a natureza humana. 

C) o amor, a amizade, o sentido da vida e a natureza humana.  

D) o poder, o amor, a beleza, a ganância e o sentido da vida. 

 

3)



Este texto publicitário tem como público-alvo:

A) consultoras do Boticário.

B) mulheres adultas.

C) homens jovens.

D) fadas.

 

4) Com relação à tomada de notas durante uma exposição oral, assinale a alternativa incorreta.

A) Seu objetivo é registrar e conservar a informação fundamental proporcionada pela pessoa que faz a exposição: o professor em aula, um palestrante etc.

B) Fazer anotações implica selecionar e anotar a informação à medida que a recebe. 

C) Não se deve tentar registrar na íntegra o que se diz, e sim selecionar a informação e reformulá-la com as próprias palavras.

D) O trabalho com as anotações acaba assim que elas são tomadas. As anotações, tal como ficam ao terminar a exposição oral, devem ser arquivadas.

 

 

5) Qual dos elementos a seguir se constitui como essencial na construção de um texto dramático/teatral?

A) Cenário.

B) Música.

C) Diálogos.

D) Figurino.

 

6) Qual das afirmações a seguir está CORRETA em relação ao texto dramático?

 

A) A presença do narrador é obrigatória, para que o público possa tomar conhecimento da história.

B) O texto dramático não se relaciona com a atuação dos atores no espetáculo teatral.

C) Os personagens não devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação nem dialogar entre si.

D) O texto dramático é produzido com o objetivo de ser encenado e tem uma estrutura própria.

 

 

7) Leia esta resenha.

Lobo-guará ganha livro com fotos e histórias

    ((o)) eco tem a honra de ter entre seus colaboradores Adriano Gambarini, um dos mais reconhecidos fotógrafos brasileiros de natureza. E é com prazer que anunciamos sua mais nova realização: o livro Histórias de um lobo, escrito em parceria com o biólogo Rogério Cunha de Paula, cujo trabalho que já dura 15 anos com Lobos-guará da Serra da Canastra é reconhecido mundialmente.

    Com prefácio do naturalista George Schaller, ícone da conservação, o livro une as imagens de Gambarini com o conhecimento científico de Rogério para desmistificar o lobo-guará, que eles descrevem como um animal tímido, que se alimenta principalmente de frutos e, por isso, cumpre papel importante de dispersar sementes pelo Cerrado. Ameaçado de extinção, a espécie precisa ser mais apreciada e compreendida.

    Guará significa vermelho em tupi. A obra traz 150 imagens desse lobo vermelho, de pernas finas e elegantes, que ocorre na América do Sul, principalmente no Cerrado brasileiro.

Assinale a alternativa que contém a opinião do autor da resenha sobre o livro.

A) “[…] um animal tímido, que se alimenta principalmente de frutos […]”.

B) “Ameaçado de extinção, a espécie precisa ser mais apreciada e compreendida.”.

C) “A obra traz 150 imagens desse lobo vermelho […]”.

D) “Guará significa vermelho em tupi.”.

17.10.23

Avaliação para o 8º ano do Ensino Fundamental

Avaliação de Língua Portuguesa: crônica, tipos de predicado, homônimos e parônimos.


Leia com atenção a crônica a seguir e responda às questões de 1 a 5.

 

Os namorados da filha

 

Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua juventude. Homem avançado, esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.

             Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado:

            ─ Mas aqui em casa.

            Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.

            O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.

             Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
             Breve, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.
             Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:

              ─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.
              E foi deitar.

              Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.

              ─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.

              ─ Que rapaz? ─ disse ela.

              Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, faltava a máquina fotográfica, faltava a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.

             Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.

Moacyr Scliar - Crônica extraída da Revista Zero Hora,  26/4/1998, e contida no livro Boa Companhia: crônicas, organizado por Humberto Werneck, São Paulo: Companhia das Letras, 2006, 2. reimpressão, pp. 205-6.)

 

 

1)      Releia a afirmação a seguir:

 

“Ao criar uma crônica narrativa baseada em um fato cotidiano, o autor do texto rompe com o circunstancial, com a realidade.”

 

Explique como esse fato ocorre na crônica “Os namorados da filha”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

2)      Preencha o quadro abaixo, de acordo com a crônica lida.

 

Personagens

Espaço

Temática

Tipo de narrador

 

 

3)      Seguindo a estrutura do texto narrativo, numere os parênteses de acordo com a sequência abaixo.

 

( 1 ) Situação inicial      ( 2 ) Conflito          ( 3 ) Clímax           ( 4 ) Desfecho

 

(    ) O sumiço do namorado e a descoberta da inconstância da filha.

(    ) O pai descobre que o rapaz no corredor era ladrão e não namorado.

(    ) A filha comunica ao pai que vai dormir com o namorado.

(    ) O encontro no corredor entre o pai e o rapaz.

 

 

4)      Por que o pai da jovem era realmente um homem avançado?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

5)      Em relação ao texto, a atitude do pai teve boas consequências? Justifique.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

6)      Compare os predicados destas duas orações.

 

I-                   As paredes da casa, logo após a pintura, já estavam manchadas.

II-                As paredes da casa, logo após a pintura, já apresentavam manchas.

 

Eles têm a mesma classificação? Justifique.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

7)      Compare as duas frases e, a seguir, identifique as afirmações verdadeiras e as falsas.

 

I-                   Os invasores deixaram destruída a cidade.

II-                Os invasores deixaram a cidade destruída.

 

a)      (   ) Nenhuma das duas frases é ambígua.

b)      (   ) Em I, deixaram significa “tornaram”, “fizeram ficar”.

c)      (   ) Em II, deixaram pode significar “tornaram” ou “foram embora”.

d)     (   ) Em I, entende-se que a cidade, em consequência da ação dos invasores, passou a ter uma característica nova.

e)      (   ) Em I, destruída é adjunto adnominal.

f)       (   ) Em II, destruída pode ser adjunto adnominal (característica constante) ou predicativo do objeto (característica circunstancial), dependendo do sentido que se atribuir ao verbo deixar.

g)      (   ) Tanto I como II são frases sintaticamente bem organizadas.

 

 

8)      Sabe-se que o bom funcionamento do coração de uma pessoa relaciona-se às condições físicas, psicológicas e emocionais a que ela está sujeita em sua vida cotidiana. Levando em consideração esse fato, compare estas frases:

I-                   O comerciante entrou preocupado no banco.

II-                O comerciante preocupado entrou no banco.

 

a)      Apresente a função sintática do termo preocupado em cada frase.

________________________________________________________________________________

 

b)      Infira: qual desses dois comerciantes corre maior risco de ter um ataque cardíaco? Justifique sua resposta.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

9)      O diálogo a seguir contém humor e retrata uma crítica ligada aos fatos sociais. Recorra aos seus conhecimentos sobre as relações de significado estabelecidas entre as palavras e responda ao que se pede. 

 

- Pai, qual é a diferença entre infração e inflação?
- Bem, infração é quando alguém sabe que cometeu um erro e... É punido!
- E inflação?
- Bem, aí é quando ninguém sabe quem cometeu um erro e... Todos são punidos!

a) A explicação dada pelo pai em resposta ao questionamento do filho está correta? Explique.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Apresente a crítica implícita no discurso retratado.

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15.10.23

Produção de textual: escrevendo um artigo de opinião

Atividade para estimular a escrita de um artigo de opinião.

Leia os textos abaixo.

 TEXTO 1

    Violência

Violência é um comportamento que causa dano à outra pessoa, ser vivo ou objeto. Invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. Assim, a violência diferencia-se de força, palavras que costumam estar próximas na língua e pensamento cotidianos. Enquanto que força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou "firmeza" de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na ira, que não convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride. Existe violência explícita quando há ruptura de normas ou moral sociais estabelecidas a esse respeito: não é um conceito absoluto, variando entre sociedades. Por exemplo, rituais de iniciação podem ser encarados como violentos pela sociedade ocidental, mas não pelas sociedades que os praticam.

 

TEXTO 2



TEXTO 3

 Amigo, a violência está cada vez maior

No Brasil, me causa dó...
Nesse rap, amigo, eu vou falar
Que a violência está presente em qualquer lugar.
Em todas as cidades do meu Brasil
Até em Brasília, o mais cruel que já se viu.
Quando passou na TV, confesso eu senti dó
De ver que cinco jovens lá queimaram um Pataxó.
No mundo de hoje, o caos está geral
Até a classe média está gerando mais marginal.
Nós já não temos direito à livre diversão
Alô, presidente, por favor, preste atenção.
Eu só quero viver em paz no meu país
Sem a violência é que eu posso ser mais feliz.
Eu retornei da V.G. só pra te dizer
Cuidado que um dia o próximo será você... FHC!!!

REFRÃO:
Sangue bom, você pode crê
Que a violência hoje rola como um lazer.
Em qualquer canto presente está
Nos morros do Rio, em São Paulo e em Guará.

 

A partir da leitura dos textos motivadores, redija um artigo de opinião, na modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema “Formas de se combater a violência urbana no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. Escreva, no mínimo, 15 linhas.

Produção textual: crônica

Que tal trabalhar produção textual com os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental?

Confira esta atividade com uma proposta muito interessante sobre a produção de uma crônica. 

Pense em uma situação do cotidiano que tenha sido presenciada ou vivida por você e escreva uma crônica sobre ela. Por exemplo: um(a) jovem pensativo(a) e distraído(a) que passa por você indiferente; um funcionário que levou uma bronca do patrão na sua frente; uma família na rodoviária, sentada sobre a bagagem; um menino abandonado, com o olhar perdido; uma chuva repentina; o barulho de máquinas e operários numa rua movimentada de uma grande cidade; a saída de alunos de uma escola; um velho solitário sentado num banco de jardim; o som de uma sirena ao longe; o menino que faz malabarismos diante de carros parados no semáforo etc.

            Ao escrever seu texto, siga estas instruções:

·         Pense no objetivo que você tem em vista. Você quer entreter, divertir o leitor, sensibilizá-lo ou fazer com que ele reflita?

·         Planeje a construção da narrativa da sua crônica. Você pode escrever uma história que revele sua visão pessoal do acontecimento ou uma história que mostre o ponto de vista de uma das pessoas envolvidas no episódio.

·         Aborde o fato ou a situação escolhida procurando ir além do que aconteceu, narrando com sensibilidade ou, se quiser, com humor. Como sua crônica deverá ser narrativa, lembre-se de mencionar o lugar onde aconteceu o fato e o tempo. Faça a apresentação das personagens e, se quiser dar mais dinamismo à narrativa, utilize o discurso direto. Procure contar o fato de forma a envolver o leitor, despertando nele o interesse pela narração e a vontade de ler o texto até o final. Se possível, reserve uma surpresa para o fim, de modo a fazer o leitor refletir, emocionar-se ou achar graça.



·         Escreva de forma simples e direta, procurando proximidade com o leitor.

 

Bom trabalho!!

Avaliação de Língua Portuguesa para o 8º ano do Ensino Fundamental

15 questões de Língua Portuguesa para você elaborar uma Avaliação de Língua Portuguesa para as suas turmas e alunos do 8º ano do Ensino Fundamental! 


1)      Epopeias são extensos poemas narrativos que contam um feito grandioso de um herói, o protagonista e representante de uma nação, de um povo. Esses textos possuem

a)      estrutura definida: proposição, dedicatória, invocação, narração e conclusão.

b)      estrutura variável de acordo com o desejo do poeta.

c)      eu lírico ou eu poético que expressam seus sentimentos.

d)     versos livres em toda a sua extensão.

 

 

Leia o texto para responder à próxima questão.

 

Crônica parafraseada de uma Síria em guerra

Ela abre os olhos. Não fosse o cheiro horrível de morte, o silêncio seria até agradável, mas o olfato a lembra que não há paz 1– nem pessoas, vizinhos, crianças. A trégua na manhãzinha não traz esperança. Tão somente lhe permite descansar o corpo, mas não a mente. As lembranças da noite anterior ainda produzem sobressaltos. Bombas, casas caindo e soldados gritando.

Levanta-se, bebe o pouco da água que restou do copo ao lado da cama. Já não é tão limpa, nem farta como antes. Sempre um gosto amargo misturado com

Abre a geladeira, e só encontra comida enlatada e congelada. E mesmo não tão congelada assim, já que os cortes diários de eletricidade derretem as camadas de gelo.

Os sobrinhos ainda dormem, e ela tenta orar. Não consegue. A mente desconcentra-se facilmente. Em uma prece fragmentada, pede a Deus descanso e trégua. E faz a oração sem pensar muito. Não precisa; é a mesma oração das últimas semanas.

Ela não quer sair de casa. Não é teimosia, é falta de opção. 2“Para onde ir?”, pergunta, com uma voz desesperançosa. Está tão confusa que não consegue imaginar saídas.

Nem a piedade de enterrar os mortos o governo permite. Cadáveres estão espalhados pelas ruas. As forças de Assad 3impediram de sepultar ou mesmo remover os restos mortais. Ou seja, mesmo viva, ela não tem como fugir da morte escancarada diante de seus olhos. Não é fácil acreditar na vida, quando a realidade grita o contrário.

Se não podem sepultar os mortos, os sobreviventes tentam ao menos ajudar a curar as feridas dos machucados. Não podem levá-los aos hospitais da cidade, já que há um medo generalizado de que o governo prenda os feridos como se fossem prisioneiros de guerra. Resta improvisar atendimento nos campos. Não bastasse a precariedade do atendimento, não há medicamentos suficientes.

Rebeca, de 32 anos, é trabalhadora autônoma. Ou melhor, 4era. Agora já não sabe mais o que é e o que faz em sua cidade Damasco, capital da Síria.

 

Crônica parafraseada do depoimento de uma moradora da capital da Síria (identificada apenas pela letra “R”) ao jornal Folha de São Paulo, de quarta-feira, dia 25. A Síria está em revolta há 16 meses contra a ditadura de Bashar al-Assad. Nos últimos dias, o confronto contra os rebeldes se acirrou e as mortes aumentaram.

 

Disponível em: <http://ultimato.com.br/sites/fatosecorrelatos/2012/07/26/

cronica-parafraseada-de-uma-siria-em-guerra/> Acesso em: 14 set. 2015.

 

2)      Sobre o texto, são feitas as seguintes afirmações:

 

I. A narradora, um dia após um bombardeio na cidade de Damasco, conta um episódio trágico por ela vivido.

II. O texto descreve o drama de uma refugiada síria, em Damasco, que se depara cotidianamente com a morte.

III. A crônica foi inspirada em um caso verídico relatado por uma sobrevivente da guerra na Síria.

IV. A narradora, intitulada Rebeca, vive uma situação dramática: a guerra na Síria.

 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II, III e IV.   

b) I e IV apenas.   

c) III apenas.   

d) II, III e IV apenas.   

 

 

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

 

A estranha passageira

Stanislaw Ponte Preta

 

– O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de voo - e riu nervosinha, coitada.

Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. Lá se foi a oportunidade de ler o romance policial que eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem. Suspirei e me fiz de educado respondendo que estava às suas ordens.

Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. A coisa foi ficando ridícula:

– Para que esse saquinho aí? – foi a pergunta que fez, num tom de voz que parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo.

– É para a senhora usar em caso de necessidade – respondi baixinho.

Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos adivinharam qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou:

– Uai... as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro? Alguns passageiros riram, outros – por fineza – fingiram ignorar o lamentável equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas ela era um azougue* (...) e não parava de badalar. Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos por todos os lados.

O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:

– Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?

Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.

Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.

Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janelinha para ver a paisagem) e gritou:

– Puxa vida!!!

Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:

– Olha lá embaixo.

Eu olhei. E ela acrescentou:

– Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o pessoal lá embaixo parece formiga.

Suspirei e lasquei:

– Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou voo.

 

<http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2013/08/

a-estranha-passageira-estanislaw-ponte.html> Acesso em: 26.02.2015. Adaptado.

 

* azougue: indivíduo que expressa ligeireza; quem é muito rápido.

 

3) De acordo com as características dessa crônica, é correto afirmar que se trata de um texto

a) narrativo, pois conta um fato por meio das linguagens verbal e não verbal.   

b) narrativo, pois conta, em primeira pessoa, um fato que pode ser verídico ou fictício.   

c) narrativo, pois conta, em terceira pessoa, um fato que pode ser verídico ou fictício.   

d) descritivo, pois o autor explora as características físicas das personagens.   

 

 

4) O Brasil jovem está “curtindo” o vestibular.


Os termos destacados no período acima são, respectivamente:

a)      adjunto adverbial e objeto direto.

b)      predicativo do sujeito e objeto direto.

c)      adjunto adnominal e complemento nominal.

d)     adjunto adnominal e objeto direto. 

 

 

5) A função sintática do segmento destacado em "O combate À VIOLÊNCIA é uma necessidade geral [...]" encontra correta classificação na alternativa:

a) objeto direto.

b) objeto indireto.

c) complemento nominal.

d) adjunto adnominal.

 

 

6) Analise as duas construções a seguir e assinale a alternativa que apresenta uma análise correta.

A crítica do autor foi cruel.
A crítica ao autor foi cruel.

 

a)      Os termos do autor e ao autor exercem a mesma função sintática.

b)      Não houve alteração semântica com a troca da preposição “de” por “a”.

c)      O termo “ao autor” exerce a função sintática de complemento nominal.

d)     Na 1ª frase, “do autor” tem sentido passivo, funcionando como complemento.

 

 

7) Assinale a alternativa em que o termo em destaque exerce a função de complemento nominal.

a) A enchente alagou a cidade.

b) Precisamos de mais informações.

c) A resposta ao aluno não foi convincente.

d) O professor não quis responder ao aluno.

 

 

8)

História estranha

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e…

O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.

O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!

(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

 

O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem:

a) Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo.
b) Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena.
c) Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade.
d) O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente.

 

9) “O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trânsito; forçando a que os motoristas dos carros menores ________, muitas delas, completamente sem _________. Os espações podem ser completados adequadamente com a seguinte sequência:

a) tráfico – infrações – inflijam – concerto;
b) tráfego – infrações – inflijam – conserto;
c) tráfego – inflações – infrinjam – conserto;
d) tráfego – infrações – infrinjam – conserto.

10)



O efeito de sentido do texto acima é causado através

a) da rotina de afazeres que o menino tem durante o dia.

b) da semelhança fônica entre as palavras “cestas”, “sestas” e “sextas”, mas com significados diferentes.

c) da semelhança gráfica entre as palavras “cestas”, “sestas” e “sextas”, mas com significados diferentes.

d) do fato de “cestas”, “sestas” e “sextas” terem o mesmo som e significados equivalentes.

 

 

11) Leia o texto em destaque e marque a única alternativa correta.

 

VEREADOR NA PB É CASSADO APÓS DENÚNCIA DE AGRESSÃO E AMEAÇA CONTRA OUTROS VEREADORES

 

O vereador Roberto Rodrigues (PC do B) foi eleito com 193 votos em outubro de 2016 na cidade de Pedra Branca, no Sertão paraibano. Ele teve o seu mandato cassado pelos outros vereadores por quebra de decoro parlamentar, com base em uma denúncia de agressões verbais, ameaças e uma suposta tentativa de agressão física contra o presidente da sessão de solenidade de posse dos vereadores em 1º de janeiro.

(Retirado de: http://g1.globo.com)

 

a)      A função deste texto é dar a opinião sobre o ocorrido.

b)      A palavra “cassado” no título do texto está escrita errada, deveria ser “caçado”.

c)      A palavra “sessão” no final do texto está correta, pois significa “divisão”, “partição”.

d)     Tanto a palavra “cassado” quanto “sessão” foram usadas de forma correta no texto.

 

 

12) Identifique a figura de linguagem predominante na tirinha a seguir.



a)      Pleonasmo.

b)      Eufemismo.

c)      Hipérbole.

d)     Gradação.

 

 

13) O pleonasmo é a reiteração de uma mesma ideia por meio de uma superabundância ou repetição de palavras. Quando este recurso nada acrescenta e pode resultar de uma ignorância do sentido exato da palavra, temos um pleonasmo vicioso. Indique, dentre as seguintes alternativas, aquela em que o termo destacado pode ser considerado um pleonasmo vicioso.

a) Paisagens, quero-as comigo!

b) A plateia gostou do principal protagonista.

c) Sei de uma criatura antiga e formidável.

d) Como são charmosas as primeiras rosas.

 

 

14) Identifique a figura de linguagem presente nos versos destacados a seguir.

 

 

A explosiva descoberta

Ainda me atordoa.

Estou cego e vejo.

Arranco os olhos e vejo.

(Carlos Drummond de Andrade)

a)      Hipérbole.

b)      Eufemismo.

c)      Antítese.

d)     Paradoxo.

 

 

15)

O labirinto dos manuais

                Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!

               Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

              — Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.

             Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

             Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz?

             Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

             Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!

(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)

 

 

 

Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco

a)      a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação.

b)      a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto.

c)      o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano.

d) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor.

Como se escreve?

 É caçar ou cassar ? E agora? Como eu escrevo corretamente? Vamos consultar o dicionário e descobrir qual é a maneira certa de escrever! Ob...