Mostrando postagens com marcador Ensino Médio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ensino Médio. Mostrar todas as postagens

11.10.23

Preparação para o PISM e ENEM: Testes de Língua Portuguesa para o Ensino Médio

Preparação para o ENEM e PISM: Teste de Língua Portuguesa e Literatura para o 2º ano do Ensino Médio

1) Leia este trecho de texto: “_ Mandaram ler este livro... Se o tal do livro for fraquinho, o desprazer pode significar um precipitado, mas um decisivo adeus à literatura; se for estimulante, outros virão sem o peso da obrigação”. (Cláudio Ferraretti)

  

O sentido da oração destacada mantém-se em:

a) conquanto seja estimulante.

b) desde que seja estimulante.

c) ainda que seja estimulante.

d) porquanto é estimulante.

e) posto que é estimulante.

 

2) Observe o emprego da conjunção e nos períodos:

 

I- Márcia é apaixonada por Gabriel e vai se casar com ele em dezembro.

II- Márcia é apaixonada por Gabriel, e vai se casar com Roberto.

III- Nosso time de vôlei se preparou muito e foi campeão.

 

Ela estabelece, pela ordem, as seguintes relações de sentido:

a)      adição – adição – adição.

b)      adição – adição – oposição.

c)      oposição – oposição – explicação.

d)     adição – oposição – conclusão.

e)      conclusão – adição – explicação.

 

3) Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.

 

I-                   Comeu demais, .......... os pesadelos não o deixaram em paz à noite.

II-                Não admitiu a reprovação, .......... não tivesse estudado para a prova.

III-             Estudou bastante para a prova; .........., foi aprovado sem problemas.

IV-             Poucas pessoas vão ao teatro, .......... os artistas ganham muito pouco.

 

a)      portanto – até que – todavia – desde que

b)      porque – caso – mas – se

c)      por isso – embora – portanto – de modo que

d)     contanto que – se – porque – porquanto

e)      porém – porquanto – à medida que – se bem que

 

Leia o texto abaixo para responder às questões 4 e 5.



4) O fato gerador dessa narrativa é:

a) a chegada dos macaquinhos à Lua.

b) a decisão dos macaquinhos de irem à Lua.

c) a Lua presentear o macaquinho com um tambor.

d) a queda da pilha de macaquinhos.

 

5) No trecho “O Macaquinho foi descendo feliz da vida”, a locução verbal em destaque sugere:

a) anterioridade do fato.

b) consumação da ação.

c) desenvolvimento da ação.

d) projeção mental do fato.

 

Questões abertas

1) A historinha transcrita abaixo foi publicada na seção “Humor” de uma revista:

           

A professora passou a lição de casa: fazer uma redação com o tema “Mãe só tem uma”.

            No dia seguinte, cada aluno leu a sua redação. Todas mais ou menos dizendo as mesmas coisas: a mãe nos amamenta, é carinhosa conosco, é a rosa mais linda de nosso jardim etc., etc., etc. Portanto, mãe só tem uma.

            Aí chegou a vez de Juquinha ler a sua redação: Domingo foi visita lá em casa. As visitas ficaram na sala. Elas ficaram com sede e minha mãe pediu para mim [sic] ir buscar coca-cola na cozinha. Eu abri a geladeira e só tinha uma coca-cola. Aí, eu gritei pra minha mãe: “Mãe, só tem uma!”.

 

Essa piada baseia-se nas interpretações diferentes de:

I- Mãe só tem uma.

e

II- Mãe, só tem uma!

 

Compare esses dois enunciados e, com base na análise das relações sintáticas que se estabelecem entre as palavras, em cada um dos casos, identifique e explique a diferença de sentido entre I e II, responsável pelo sentido engraçado do texto.

 

2) Imagine que o técnico de um time de futebol esteja sendo muito criticado pela torcida, por causa da maneira como ele vem dirigindo o time. Imagine ainda que, a respeito desse fato, ele emita uma destas duas opiniões:

 

I-                   Quando o time conquistar o campeonato, a torcida voltará a me apoiar.

II-                Se o time conquistar o campeonato, a torcida voltará a me apoiar.

 


a)      Que circunstâncias exprimem as orações adverbiais presentes nesses dois períodos?

b)      Em qual dos dois casos o técnico revela-se mais confiante em relação ao futuro do time? Justifique.

 

Literatura – 5 questões fechadas e 2 abertas

 

1) Indique o trecho em que há visíveis marcas do estilo naturalista.

a) O vulto da mulher, quase invisível à frouxa luz do luar, pareceu-lhe uma fantasmagoria, e seu coração bateu mais forte, ao compasso das ondas, da música do mar que chegava pelo vento...
b) (...) tem tão bom céu e goza de tão bons ares toda a terra do Brasil, que nenhuma das causas que costumam fazer dano por outras regiões o fazem nela, nem cobram forças para o poderem fazer.
c) Quanta graça devemos à Fé que nos destes, porque ela só nos cativa o entendimento, para que, à vista destas desigualdades, reconheçamos contudo vossa justiça e previdência!
d) Tremiam-lhe as carnes como ao contato de um condutor elétrico, a distender-lhe os nervos escabujando na rede em espreguiçamentos lúbricos, vergando, como um vencido, ao poder irresistível da animalidade humana.
e) Na repartição, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notícia desse seu estudo do idioma tupiniquim, deram não se sabe por que em chamá-lo - Ubirajara.

 

2) Texto 1

            De cada casulo espipavam homens armados de pau, achas de lenha, varais de ferro. Um empenho coletivo os agitava agora, a todos, numa solidariedade briosa, como se ficassem desonrados para sempre se a polícia entrasse ali pela primeira vez. Enquanto se tratava de uma simples luta entre dois rivais, estava direito! ‘Jogassem lá as cristas, que o mais homem ficaria com a mulher!’ mas agora tratava-se de defender a estalagem, a comuna, onde cada um tinha a zelar por alguém ou alguma coisa querida.

                                        (AZEVEDO, Aluísio, O cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins, 1974. p. 139.)


 

Texto 2

            O cortiço é um romance de muitas personagens. A intenção evidente é a de mostrar que todas, com suas particularidades, fazem parte de uma grande coletividade, de um grande corpo social que se corrói e se constrói simultaneamente.

                                                          (FERREIRA, Luiz Antônio. Roteiro de leitura: O cortiço de

                                                                      Aluísio Azevedo. São Paulo: Ática, 1997. p. 42.)

Sobre os textos, assinale a alternativa correta.

a) No texto 1, por ser ele uma construção literária realista, há o predomínio da linguagem referencial, direta e objetiva; no texto 2, por ser ele um estudo analítico do romance, há o predomínio da linguagem estética, permeada de subentendidos.
b) A afirmação contida no texto 2 explicita o modo coletivo de agir do cortiço, algo que também se observa no texto 1, o que justifica o prevalecimento de um termo coletivo como título do romance.
c) Tanto no texto 1 quanto no texto 2 há uma visão exacerbada e idealizada do cortiço, sendo este considerado um lugar de harmonia e justiça.
d) No texto 1 prevalece a desagregação e corrosão da grande coletividade a que se refere o texto 2.
e) O que se afirma no texto 2 vai contra a ideia contida no texto 1, visto que no cortiço jamais existe união entre os seus moradores.

 

3) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o Romantismo.

“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação”.

                      ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson, 1957.

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao Romantismo está transcrita na alternativa:

a) ... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...
b) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno,...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos...
e) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.

4) Leia os versos.
 
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhantes copa, um dia,
Já de  aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
 
Era o poeta de Teos que a suspendia.
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Todas de roxas pétalas colmada.  (Alberto de Oliveira)
 
 Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:
 
a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo;
b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso;
c) revalorização das ideias iluministas e descrição do passado;
d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga;
e) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.

 

5) Marque a afirmativa correta.

a) O Parnasianismo caracterizou-se, no Brasil, pela busca da perfeição formal na poesia.
b) O Parnasianismo determinou o surgimento de obras de tom marcadamente coloquial.
c) O Parnasianismo, por seus poetas, preconizava o uso do verso livre.
d) O Parnasianismo brasileiro deu ênfase ao experimentalismo formal.
e) O Parnasianismo foi o responsável pela afirmação de uma poesia de caráter sugestivo e musical.

Questões abertas

Leia o fragmento de O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder à questão proposta.

“Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e tinas para lavadeiras.”

 As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. (...)
            E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.
            E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.
(O Cortiço. São Paulo, Ática, 1997)

1) Uma característica naturalista do fragmento é o paralelo entre o cortiço e o mundo animal, estabelecido por palavras e expressões que evocam este mundo, aproximando o cortiço de seus domínios. Transcreva o parágrafo que melhor ilustra essa afirmação.

2) Leia o poema a seguir, analisando-o. Depois apresente algumas (pelo menos três) características que permitem associá-lo ao Parnasianismo.

 

Vaso chinês

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,

Casualmente, uma vez, de um perfumado

Contador sobre o mármor luzidio,

Entre um leque e o começo de um bordado.

 

Fino artista chinês, enamorado,

Nele pusera o coração doentio

Em rubras flores de um sutil lavrado,

Na tinta ardente, de um calor sombrio.

 

Mas, talvez por contraste à desventura,

Quem o sabe?... de um velho mandarim

Também lá estava a singular figura.

 

Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,

Sentia um não sei quê com aquele chim

De olhos cortados à feição de amêndoa. 

Teste de Língua Portuguesa e Literatura para o 1º ano do Ensino Médio

Preparação para o ENEM: Teste de Língua Portuguesa e Literatura para o 1º ano do Ensino Médio

Leia o texto abaixo para responder às questões 1 e 2.


1) No quinto quadrinho, a reação da personagem que tenta montar a barraca evidencia:

a) confusão.

b) desespero.

c) distração.

d) incompreensão.

e) medo.

 

2) Esse texto se organiza a partir de uma estrutura:

a) argumentativa.

b) descritiva.

c) expositiva.

d) injuntiva.

e) narrativa.

 

3) Observe a oração: “Fabiano saiu de costas [...]”. Assinale a alternativa em que a oração também tem verbo intransitivo.

a) “Fabiano ajustou o gado [...]”

b) “[...] [Fabiano] acreditara na sua velha.”

c) “[...] davam-lhe uma ninharia.”

d) “Atrevimento não tinha.”

e) “Depois que acontecera aquela miséria [...]”

 

4) Identifique a alternativa em que o termo em destaque completa o sentido do verbo.

a) “Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde.”

b) “Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntária.”

c) Que importava se num dia futuro sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher?”

d) “No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a solução para a criança vermelha.”

e) “Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás.”

 

5) Leia o texto abaixo.



O objetivo principal desse texto é:

a) definir as atitudes dos pais em relação ao tratamento da gripe.

b) descrever o período em que as crianças estão mais sujeitas a doenças.

c) esclarecer a respeito das diferenças entre gripe e resfriado.

d) indicar os sintomas característicos de gripe e resfriado nas crianças.

e) informar sobre os agentes causadores da gripe em crianças.

 

Questões discursivas 

 

Certa ocasião, um ministro da Educação disse em uma entrevista à imprensa:

“Eu não sou ministro; estou ministro”.

 

Pouco tempo depois de fazer essa afirmação, ele deixou o cargo.

 1)      Como se classificam os verbos dessas duas orações? Justifique.

2)      O fato de o ministro ter deixado o cargo confirma ou contradiz o conteúdo da afirmação que ele fizera?

Literatura

1) Assinale a opção correta sobre os versos. 

“(...)

Princesa

Surpresa

Você me arrasou

Serpente

Nem sente que me envenenou

Senhora, e agora

Me diga onde vou.

(...)”

(Queixa – Caetano Veloso)

 

a)      Não existe neles a noção da força do poder sedutor feminino.

b)      A situação da mulher neles referida é a mesma que encontramos nas cantigas de amigo do Trovadorismo.

c)      Apresentam a mulher com a mesma carga de sensualidade que lhes atribui boa parte da poesia parnasiana.

d)     Seguem o modelo descritivo, apresentando a figura feminina com traços vagos, imprecisos, esfumaçados.

e)      Lembram-nos aquela situação de vassalagem que marca as relações amorosas das cantigas de amor do Trovadorismo.

 

2) Leia os textos a seguir.



Mais de 600 anos separam o texto medieval de D. Dinis da canção da música popular brasileira, do Peninha. No entanto, a respeito deles é correto afirmar que:

I-                   A base do questionamento do eu nas duas canções é o mesmo: a ausência da pessoa amada.

II-                Em ambos, o que se repete, implicitamente, é a aflição e a incerteza sobre a pessoa amada, o que no texto A se reflete na estrutura paralelística.

III-             As duas canções podem ser classificadas tanto como cantiga de amor quanto como cantiga de amigo.

 

O correto está em:

a) I, II e III.

b) I e II.

c) II e III.

d) I e III.

e) apenas I.

 

3) Nas cantigas de amor,

a) o trovador expressa um amor à mulher amada,encarando-a como um objeto acessível a seus anseios.

b) o trovador, velada ou abertamente, ironiza personagens da época.

c) o “eu-lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência do amado.

d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura platônica, expressa seu amor à mulher amada.

e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por homens.

 

4) Observe atentamente os dois trechos transcritos a seguir.

 

"... o objetivo da poesia (e da arte literária em geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que de fato aconteceu, mas sim o verossímil, o que pode acontecer, considerado na sua universalidade."

(SILVA,Vítor M. de A. Teoria de Literatura. Coimbra: Almedina, 1982.)

 

Verossímil. 1. Semelhante à verdade; que parece verdadeiro. 2. Que não repugna à verdade, provável.

(FERREIRA. A. B. de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.)

 

A partir da leitura de ambos os fragmentos, pode-se deduzir que a obra literária tem o seguinte objetivo:

a) opor-se ao real para afirmar a imaginação criadora.

b) anular a realidade concreta para superar contradições aparentes.

c) construir uma aparência de realidade para expressar dado sentido.

d) buscar uma parcela representativa do real para contestar sua validade.

 

5)

Tanto do meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o  mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.

 

Esses quartetos de um soneto de Camões ilustram uma temática recorrente do poeta, que seria:

a)      a fugacidade da vida.

b)      o desconcerto amoroso.

c)      a angústia criativa.

d)     as alegrias do amor.

e)      o desejo da morte.

 

 

Questões abertas

 

Leia este soneto de Camões para responder às questões 1 e 2.

Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei por quê.

1) A primeira estrofe é um desafio ao Amor. Qual o argumento utilizado pelo sujeito lírico para explicar a impossibilidade de sofrer mais?

2) O sujeito lírico conclui confessando sua incapacidade de compreender o processo amoroso. Transcreva os versos que melhor exprimem a ideia de que o amor é um sentimento contraditório e incompreensível.

10.10.23

Avaliação Texto literário e não literário

 

1)      Explique o que é literatura.

 

 Leia os dois textos a seguir para responder às próximas questões.

Texto I

Descuidar do lixo é sujeira

Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.                             (Veja. São Paulo, 23-29/12/92)

 

 Texto II

O bicho 

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos. 

 

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

 

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem. 

(Manuel Bandeira. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145)

 

2)      O que os dois textos têm em comum?

3)      Com que objetivo o texto I foi produzido?

4)      No texto I, há apenas uma palavra que pode denotar algum tipo de sentimentalismo por parte do autor. Identifique-a.

5)      Qual é a principal preocupação do autor do texto I?

6)      Com que objetivo o texto II foi produzido?

7)      Qual é a principal preocupação do autor do texto II?

8)      Retire do texto II uma expressão em que o autor deixa clara sua inconformidade com a situação apresentada.

9)      Após a análise, responda: qual dos dois textos é literário? Explique.

10)   Apresente outros dois exemplos de textos literários e dois exemplos de textos não literários.

Avaliação Trovadorismo

 1) Assinale a opção correta sobre os versos. 

“(...)

Princesa

Surpresa

Você me arrasou

Serpente

Nem sente que me envenenou

Senhora, e agora

Me diga onde vou.

(...)”

(Queixa – Caetano Veloso)

 

a)      Não existe neles a noção da força do poder sedutor feminino.

b)      A situação da mulher neles referida é a mesma que encontramos nas cantigas de amigo do Trovadorismo.

c)      Apresentam a mulher com alta carga de sensualidade.

d)     Seguem o modelo descritivo, apresentando a figura feminina com traços vagos, imprecisos, esfumaçados.

e)      Lembram-nos aquela situação de vassalagem que marca as relações amorosas das cantigas de amor do Trovadorismo.

 

2) Leia os textos a seguir.


Mais de 600 anos separam o texto medieval de D. Dinis da canção da música popular brasileira, do Peninha. No entanto, a respeito deles é correto afirmar que:

I-                   A base do questionamento do eu nas duas canções é o mesmo: a ausência da pessoa amada.

II-                Em ambos, o que se repete, implicitamente, é a aflição e a incerteza sobre a pessoa amada.

III-             As duas canções podem ser classificadas tanto como cantiga de amor quanto como cantiga de amigo.

 

O correto está em:

a) I, II e III.

b) I e II.

c) II e III.

d) I e III.

e) apenas I.

 

3) Nas cantigas de amor,

a) o trovador expressa um amor à mulher amada, encarando-a como um objeto acessível a seus anseios.

b) o trovador, velada ou abertamente, ironiza personagens da época.

c) o “eu-lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência do amado.

d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura idealizada, expressa seu amor à mulher amada.

e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por homens.

 

Leia os fragmentos de duas cantigas trovadorescas, auxiliando-se da tradução literal em português moderno, e responda às questões seguintes.


4) De que tipo são as duas cantigas? Justifique sua resposta.

 

5) A quem se dirige o eu-lírico em cada uma das cantigas?

 

6) Uma das convenções desse gênero lírico trovadoresco é a expressão exagerada da coita (sofrimento amoroso) pelo eu-lírico. Esse exagero está presente nos dois fragmentos lidos?

 

7)  Referente à cantiga de amor, é correto afirmar que:

a) O trovador, de acordo com as regras do amor cortês, ao cantar a alegria de amar na cantiga de amor, revela em seus poemas o nome da mulher amada.

b) O homem, nesse tipo de composição poética, nutre esperanças de, um dia, conquistar a mulher amada, que, mesmo sendo imperfeita, é o objeto do seu desejo.

c) A cantiga de amor, na lírica trovadoresca, caracteriza-se por conter a confissão amorosa da mulher, que lamenta a ausência do namorado que viajou e a abandonou.

d) O trovador, na cantiga de amor, coloca-se no lugar da mulher que sofre com a partida do amado e confessa seus sentimentos a um confidente (mãe, amiga ou algum elemento da natureza).

e) O homem apaixonado, na cantiga de amor, sofre e coloca-se m posição de servo do “senhor” (não existia a palavra “senhora”), divinizando a mulher, o que torna quase sempre a cantiga um lamento, expressão do sofrimento amoroso.

 

8) Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.

 

a)     Nas cantigas de amigo, o eu-lírico é feminino, apesar de serem escritas por homens.

b)    O ambiente descrito nas cantigas de amigo não é a corte, e sim a zona rural.

c)     As cantigas de amor são sempre escritas em primeira pessoa e o eu-lírico declara seu amor a uma dama, tendo como pano de fundo o ambiente palaciano.

d)    Nas cantigas de amor há o reflexo do relacionamento entre o senhor e o vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.

e)     A principal modificação ocorrida no Trovadorismo foi a separação entre música e poesia.

 

9) Leia o texto para responder às questões a seguir.

 

A dona que eu sirvo e que muito adoro

Mostrai-ma, ai Deus! Pois vos imploro,

Senão, dai-me a morte.

 

Essa que é luz destes olhos meus

Por quem sempre choram, mostrai-ma, ai Deus!

Senão, dai-me a morte.

 

Essa que entre todas fizeste formosa,

Mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu possa,

Senão, dai-me a morte.

 

A que me fizestes mais que tudo amar,

Mostrai-ma onde possa com ela falar,

Senão, dai-me a morte.

              (Bernardo de Bonaval)

a)      O eu-lírico na cantiga é masculino ou feminino?

 

b)      O eu-lírico faz um pedido. Qual?

 

c)       A quem o pedido é feito?

 

     d) O amor, por ser impossível, é fonte de sofrimento para o trovador. Copie um trecho da segunda estrofe em que ocorra a expressão desse sofrimento.

7.9.23

Teste de leitura semântica para o Ensino Médio

 Leia o texto a seguir para responder às próximas 2 questões.

No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados – do ponto de vista temporal, bem entendido – do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.

O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público?

(Veja, 02.12.2009)

 (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 1) A expressão chá de cadeira, no texto, tem o significado de

(A) bebida feita com derivado de pinho.

(B) ausência de convite para dançar.

(C) longa espera para conseguir assento.

(D) ficar sentado esperando o chá.

(E) longa espera em diferentes situações.

 

(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 2) Há emprego do sentido figurado das palavras em:

(A) ...os brasileiros estão entre os povos mais atrasados...

(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar.

(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações sociais...

(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo...

(E) ...não se pode confiar no serviço público?

 

3) Leia a charge a seguir.

4) O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à

(A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que

pretende veicular.

(B) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

(C) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da

população rica.

(D) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

(E) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.

 

4)



O sentido da charge se constrói a partir da ambiguidade de determinado termo. O termo em questão é:

(A) fora                             (B) agora                                (C) sistema                                 (D) protestar

 

5)

Todo ponto de vista é a vista de um ponto

 Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.                                                                  BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999

A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de

(A) enfatizar a leitura.                           (B) incentivar a leitura.                         (C) individualizar a leitura. (D) priorizar a leitura.                           (E) valorizar a leitura.

 

6) (ENEM) No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:

CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE

A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação:

(A)  Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase.

(B)  A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha.

(C)   Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência.

(D) A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase.

(E)  Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase.

 

7)


Na tirinha, há traço de humor em

(A) “Que olhar é esse Dalila?”

(B) “Olhar de tristeza, mágoa, desilusão...”

(C) “Olhar de apatia, tédio, solidão...”

(D) “Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!” 

 

8)



Pela resposta do Garfield, as coisas que acontecem no mundo são

(A) assustadoras.                          (B) corriqueiras.                        (C) curiosas.                           (D) naturais.

 

9)



O que torna o texto engraçado é que

(A) a aluna é uma formiga.

(B) a aluna faz uma pechincha.

(C) a professora dá um castigo.

(D) a professora fala “XIS” e “CÊ AGÁ”.

 

10) Leia a anedota abaixo.

Os parentes

O casal vem pela estrada sem dizer palavra. Brigaram, nenhum dos dois quer dar o braço a torcer. Ao passar por uma fazenda em que há mulas e porcos, o marido pergunta, sarcasticamente:

- Parentes seus?

- Sim, responde ela, cunhados.

Almanaque Brasil, abril de 2001.

A intenção do marido ao fazer a pergunta à mulher era:

a) ofender a mulher, chamando-a de porca ou mula.

b) agradar a esposa elogiando-a.

c) manter um diálogo com a esposa.

d) fazer com que a mulher seguisse em outra direção. 


Como se escreve?

 É caçar ou cassar ? E agora? Como eu escrevo corretamente? Vamos consultar o dicionário e descobrir qual é a maneira certa de escrever! Ob...