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9.10.23

Avaliação sobre Humanismo e Classicismo

 1)      Leia os versos transcritos de a Farsa de Inês Pereira, peça teatral que trata dos sonhos de Inês em casar-se com um rapaz bonito e cavalheiro.

Não queiras ser tão senhora:

Casa, filha, e aproveite;

não percas a ocasião.

Queres casar por prazer

No tempo de agora, Inês? [...]

 

Sempre eu ouvi dizer:

“Ou seja sapo ou sapinho,

ou marido ou maridinho,

tenha o que houver posses.

Este é o certo caminho”.

 

Gil Vicente. Farsa de Inês Pereira.

São Paulo: Senac, 1996. p. 82.


Leia as afirmações a respeito dos versos de Gil Vicente.

I-                   A mãe julga que a filha seja presunçosa e tenta convencê-la de que não é prudente buscar casamento por prazer.

II-                De acordo com a mãe de Inês, a situação econômica do pretendente é condição fundamental para aceitar ou rejeitar pedidos de casamento.

III-             A mãe se baseia em sua experiência de vida para orientar a filha a escolher um caminho de virtudes.

 

Está correto o que se afirma em:

a)      I.                      b) II.                         c) III.                      d) I e II.                  e) II e III.

 

2)


Tanto do meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o  mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto


 

Esses quartetos de um soneto de Camões ilustram uma temática recorrente do poeta, que seria:

a)      a fugacidade da vida.               b) o desconcerto amoroso.                 c) a angústia criativa.

d) as alegrias do amor.                   e) o desejo da morte.

 

Leia o poema a seguir para responder às questões de 3 a 10.

 

Busque Amor novas artes, novo engenho,

Para matar-me, e novas esquivanças;

Que não pode tirar-me as esperanças,

Que mal me tirará o que eu não tenho.

 

Olhai de que esperanças me mantenho!

Vede que perigosas seguranças!

Que não temo contrastes nem mudanças,

Andando em bravo mar, perdido o lenho.

 

Mas, conquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que me mata e não se vê;

 

Que dias há que na alma me tem posto

Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como, e dói não sei por quê.

 

3) Segundo os versos do poema, o eu lírico:

a) está à procura do Amor.

b) está amando e cheio de esperanças.

c) está seguro devido ao Amor.

d) está sem esperança.

 

4) Ao se dirigir ao Amor, na primeira estrofe, percebe-se por parte do eu lírico um tom de

a) súplica         b) desafio          c) ameaça        d) euforia

 

5) Por que o eu lírico não teme as novas artes do Amor?

a) Porque o eu lírico não possui mais esse sentimento.

b) Porque onde falta esperança não há desgosto.

c) Porque a esperança que ele tem o faz sentir mais seguro.

d) Porque ele não teme nada, nem os perigos de um mar bravo.

 

6) Apresenta uma contradição a justaposição dos termos da expressão

a) novo engenho   b) bravo mar     c) perigosas seguranças    d) novas artes

 

7) “Busque Amor novas artes, novo engenho”, o termo em destaque tem o sentido de

a) artimanha         b) trabalho                 c) objetivo            d) solução

 

8) De acordo com o eu lírico do texto, o Amor gera

a) segurança          b) esperança            c) sofrimento          d) dúvidas

 

9)  “Amor um mal, que me mata e não se vê;” o verso sugere que o Amor é

a) indefinido          b) misterioso          c) passageiro            d) intransigente

 

10) A última estrofe revela que

a) o eu lírico realmente é imune as artes do Amor.

b) o eu lírico busca descobrir as razões do Amor.

c)  o Amor ainda consegue atingir o eu lírico.

d) o Amor abandona o destemido eu lírico

 

Texto para as próximas questões.


Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
                                                                  Luís de Camões

11) Como se denomina a forma em que está composto o poema?


 

12) O poema é  um exemplo de medida nova ou medida velha? Quantas sílabas poéticas há em cada verso?

 

 

 

13)  Explique como o eu lírico vê o Amor.

 

 

 

14) Relacione:                       T – Trovadorismo             H – Humanismo             C- Classicismo     

a) (   ) Gil Vicente
b) (   ) Transição entre teocentrismo e antropocentrismo
c) (   ) Os Lusíadas
d) (   ) Poesia palaciana
e) (   ) Novela de Cavalaria
f) (   ) Vassalagem amorosa
g) (   ) Separação entre poesia e música
h) (   ) Camões
i) (   )  Medida nova

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