1) Leia os versos transcritos de a Farsa de Inês Pereira, peça teatral que trata dos sonhos de Inês em casar-se com um rapaz bonito e cavalheiro.
Não queiras ser tão senhora:
Casa, filha, e aproveite;
não percas a ocasião.
Queres casar por prazer
No tempo de agora, Inês? [...]
Sempre eu ouvi dizer:
“Ou seja sapo ou sapinho,
ou marido ou maridinho,
tenha o que houver posses.
Este é o certo caminho”.
Gil Vicente. Farsa de Inês Pereira.
São Paulo:
Senac, 1996. p. 82.
Leia as afirmações a respeito dos versos de Gil
Vicente.
I-
A mãe julga que a filha seja presunçosa e tenta
convencê-la de que não é prudente buscar casamento por prazer.
II-
De acordo com a mãe de Inês, a situação econômica do
pretendente é condição fundamental para aceitar ou rejeitar pedidos de
casamento.
III-
A mãe se baseia em sua experiência de vida para
orientar a filha a escolher um caminho de virtudes.
Está correto o que se afirma em:
a)
I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.
2)
Tanto do meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto
Esses quartetos de um
soneto de Camões ilustram uma temática recorrente do poeta, que seria:
a) a fugacidade da vida. b) o desconcerto amoroso. c) a angústia criativa.
d) as alegrias do amor. e) o desejo da morte.
Leia
o poema a seguir para responder às questões de 3 a 10.
Busque
Amor novas artes, novo engenho,
Para
matar-me, e novas esquivanças;
Que
não pode tirar-me as esperanças,
Que
mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai
de que esperanças me mantenho!
Vede
que perigosas seguranças!
Que
não temo contrastes nem mudanças,
Andando
em bravo mar, perdido o lenho.
Mas,
conquanto não pode haver desgosto
Onde
esperança falta, lá me esconde
Amor
um mal, que me mata e não se vê;
Que
dias há que na alma me tem posto
Um
não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem
não sei como, e dói não sei por quê.
3)
Segundo os versos do poema, o eu lírico:
a)
está à procura do Amor.
b)
está amando e cheio de esperanças.
c)
está seguro devido ao Amor.
d)
está sem esperança.
4)
Ao se dirigir ao Amor, na primeira estrofe, percebe-se por parte do eu lírico
um tom de
a)
súplica b)
desafio c)
ameaça d) euforia
5)
Por que o eu lírico não teme as novas artes do Amor?
a)
Porque o eu lírico não possui mais esse sentimento.
b)
Porque onde falta esperança não há desgosto.
c)
Porque a esperança que ele tem o faz sentir mais seguro.
d)
Porque ele não teme nada, nem os perigos de um mar bravo.
6)
Apresenta uma contradição a justaposição dos termos da expressão
a)
novo engenho b) bravo mar c)
perigosas seguranças d) novas artes
7)
“Busque Amor novas artes, novo engenho”, o termo em destaque
tem o sentido de
a)
artimanha b)
trabalho c)
objetivo d)
solução
8)
De acordo com o eu lírico do texto, o Amor gera
a)
segurança b)
esperança c)
sofrimento d)
dúvidas
9)
“Amor um mal, que me mata e não se vê;”
o verso sugere que o Amor é
a)
indefinido b)
misterioso c)
passageiro d)
intransigente
10)
A última estrofe revela que
a)
o eu lírico realmente é imune as artes do Amor.
b)
o eu lírico busca descobrir as razões do Amor.
c) o
Amor ainda consegue atingir o eu lírico.
d)
o Amor abandona o destemido eu lírico
Texto
para as próximas questões.
Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
11) Como se denomina a forma em que está
composto o poema?
12) O poema é um exemplo de medida nova ou medida velha? Quantas
sílabas poéticas há em cada verso?
13) Explique como o eu lírico vê o Amor.
14) Relacione: T – Trovadorismo H – Humanismo C- Classicismo
b) ( ) Transição entre teocentrismo e antropocentrismo
c) ( ) Os Lusíadas
d) ( ) Poesia palaciana
e) ( ) Novela de Cavalaria
f) ( ) Vassalagem amorosa
g) ( ) Separação entre poesia e música
h) ( ) Camões
i) ( ) Medida nova
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