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10.10.23

Avaliação para o 7º do Ensino Fundamental

 

01.  Leia.

Mãe,


vou à casa do Felipe

fazer  a tarefa da escola.

Um beijo!

Luan

 

a)      Estudamos que os textos estão presentes em nosso cotidiano e não somente na escola. São produzidos a todo o momento, com objetivos diversos. Que nome recebe o texto reproduzido acima? ____________________________________________________________________________________

 

b)      Quem é o remetente do texto? E o destinatário? ____________________________________________________________________________________

 

c)      Com que objetivo o texto foi produzido? ____________________________________________________________________________________

 

02.  Que texto você produziria em cada situação apresentada a seguir?

a)      Você precisa ir ao supermercado comprar vários itens. Para não se esquecer de nada, antes de sair de casa, você produz uma __________________________.

b)      Para ensinar sua amiga como preparar um bolo, você escreve uma ___________________________.

c)      Como as ligações interurbanas são caras e você não tem e-mail, para se comunicar com um parente que mora no Nordeste, você escreve uma _____________________________.

 


Texto 1

Quem vai salvar a vida

(...) No dia seguinte era sábado, e meu pai pegou o Trovão, nosso cachorro, e já ia saindo com ele pra passear.

Eu então perguntei:

– Ô, pai, que tal levar um saquinho para pegar a sujeira do Trovão?

– Pegar a sujeira? – ele perguntou.

– Então, pai, não se pode deixar sujeira no meio da rua...

– Ora, ora – meu pai respondeu –, a rua é pra isso mesmo!

– Pai, que absurdo! A rua é de todos! É como se você levasse seu cachorro pra sujar a casa dos outros. Você não vê que a gente pisa nessa sujeira e traz pra casa? Não vê que tem crianças pequenas que andam na rua e sujam os pés?

Meu pai me olhou torto, torto.

E foi embora.

Mas, quando ele voltou, eu vi que ele tinha um saquinho, que ele atirou no lixo (...).

Ruth Rocha. Quem vai salvar a vida? São Paulo, FTD, 2009

 

03. Percebe-se que o narrador do texto é

(A) Observador                       (B) Personagem

 

04. A parte do texto que nos indica que o narrador é um filho ou filha é

(A) “A rua é de todos!”                                                                       (C) “Ora, ora (...), a rua é para isso mesmo!”

(B) “(...) não se pode deixar a sujeira no meio da rua...”                    (D) “Meu pai me olhou torto, torto.”

 

05. Lendo o trecho “Mas, quando ele voltou, eu vi que ele tinha um saquinho, que ele atirou no lixo (...)”, pode-se concluir que o pai:    

(A) resolveu comprar sacos de lixo.                                            (C) desistiu de passear com o cão.

(B) recolheu a sujeira de seu cachorro.                                        (D) pisou no lixo encontrado na rua.

 

06. O texto é constituído por vários travessões. Eles foram usados porque o texto é

(A) um poema.                      (C) uma receita.

(B) um anúncio    .                (D) um diálogo.

 

Texto 2                                                       O silêncio do rouxinol

[...]

Na época de Salomão, o melhor dos reis, um homem comprou um rouxinol que possuía uma voz excepcional. Colocou-o numa gaiola em que nada faltava ao pássaro e na qual ele cantava, horas a fio, para encanto da vizinhança.

Certo dia, em que a gaiola havia sido transportada para uma varanda, outro pássaro se aproximou, disse qualquer coisa ao rouxinol e voou. A partir desse momento, o incomparável rouxinol emudeceu.

Desesperado, o homem levou seu pássaro à presença do profeta Salomão, que conhecia a linguagem dos animais, e lhe pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.

O rouxinol disse a Salomão:

– Antigamente eu não conhecia nem caçador, nem gaiola. Depois me apresentaram a uma armadilha, com uma isca bem apetitosa, e caí nela, levado pelo meu desejo. O caçador de pássaros levou-me, vendeu-me no mercado, longe da minha família, e fui parar na gaiola deste homem que aí está. Comecei a me lamentar noite e dia, lamentos que este homem tomava por cantos de gratidão e alegria. Até o dia em que outro pássaro veio me dizer: “Pare de chorar, porque é por causa dos seus gemidos que eles o mantêm nessa gaiola”. Então, decidi me calar.

Salomão traduziu essas poucas frases para o proprietário do pássaro. O homem se perguntou: “De que adianta manter preso um rouxinol, se ele não canta?”. E lhe devolveu a liberdade.

CARRIÈRE. Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos

do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.

07. O fato que gera o conflito na história é o pássaro

(A) possuir uma voz excepcional.    

(B) ter emudecido.  

(C) ser um rouxinol.    

(D) encantar a vizinhança.

 

08. No trecho “...cantava, horas a fio, para encanto da multidão.”, a expressão “horas a fio” tem o sentido de

(A) de vez em quando.                                         (C) durante muito tempo.

(B) pousado em um fio.                                        (D) sem cobrar por isso.

 

09. A decisão de não mais cantar, comunicada pelo rouxinol a Salomão, que a traduziu para o homem, teve, como consequência, o homem

(A) não entender a tradução.   

(B) ficar desesperado.  

C) libertar o rouxinol.   

(D) silenciar o rouxinol.

 

10. O trecho do texto que contém uma opinião é

(A) “Na época de Salomão, o melhor dos reis,...”    
(B) “Pediu que perguntasse ao pássaro o motivo de seu silêncio.”...

(C) “Comecei a me lamentar noite e dia,...”             

(D) “E lhe devolveu a liberdade.”

 

11. Complete o texto com o verbo entre parênteses, flexionando-o de acordo com o contexto.

 

Ontem, o avião do Carlos ................... (chegar) ao aeroporto, mas como não ...................(ver) os seus pais, ...................... (decidir) ligar para casa. Ninguém ...................... (atender). No entanto, não ...................(ter) que esperar muito. Eles ...................(chegar) cinco minutos depois e, quando .......................... (ver) o seu filho, ................. (ficar) felizes, pois ...................(poder) abraçá-lo imediatamente.

Depois, Carlos .............. (entregar) as lembranças que ................ (comprar) em Portugal. Ele ................... (fazer) muitos amigos lá. O Carlos ..................... (ir) fazer um curso de engenharia, mas também ....................... (ter) tempo de fazer alguns passeios. Ele....................(querer) visitar Coimbra, mas não ................(poder). Junto com uns colegas, ....................... (estar) nas praias do Algarve.

Ele.....................(pôr) muitas expectativas nessa viagem. .....................(vir) carregado de novas experiências. ...............(ser), para ele, uma viagem única e inesquecível.

 

12. Escreva ação, estado ou fenômeno da natureza para os verbos das frases a seguir.

 

a)     Ela estava muito contente. ( ...........................................................)

b)     O palhaço divertia o público. ( ...............................................................)

c)     Choveu muito ontem . ( ........................................................)

d)     Ventava muito. (..............................................................)

e)     As crianças corriam . (.................................................................)

f)      Ele era desconfiado. ( ..............................................................)

g)     Nós somos estudiosos. (..........................................................)

h)     Ela é bonita. (...................................................................)

i)      Vocês tomaram o suco? (.....................................................................)

1.10.23

Avaliação de Língua Portuguesa para o 7º ano (Ensino Fundamental)

 Leia, com atenção, o texto a seguir.

Minha vida de menina

Durante minha vida em Graça sempre fui uma garota agitada. Lembro-me de que eu e minha melhor amiga gostávamos de passear pelo mercado municipal recém-construído, mas muito diferente do de hoje: o teto era feito de palha, sustentado por um tronco enorme. Passeávamos por lá por não haver outra opção e também para paquerarmos os meninos.
               Nascemos quase juntos: eu e o mercado. Somos uma coisa só, mas não estamos nos livros, televisão ou qualquer documento. Estamos na memória que marcou minha adolescência. Às vezes sinto saudades daqueles tempos, quando tudo era mais tranquilo, não havia quase motos ou carros nas ruas.
Ao chegar em casa, ajudava minha mãe a fazer chapéu. A palha utilizada cortava meus dedos, mas era a única forma de ajudar na renda familiar, garantindo dinheiro para, quando chegassem os festejos, comprar tecido para fazer os vestidos.
               Estudava à tarde com a professora Iracy, mestra muito severa. Minha mochila era um saco de arroz, em que levava um lápis, a cartilha do ABC e uma tabuada. Meu pai me colocou na escola, e meus irmãos também, para aprendermos a ler uma carta e fazer outra. Eu era craque na leitura e não gostava da tabuada, mas estudava muito para não apanhar de palmatória. Nunca apanhei da professora, pois ficava bem quietinha. Durante o recreio, ela
mandava-nos capinar o mato que crescia ao redor da escola, tarefa que julgava enfadonha, pois minhas mãos às vezes inchavam.
               Quando chegava da escola já era quase hora do jantar. Comíamos feijão com farofa de toucinho. O gosto não era bom, mas de tanto comer já havia me acostumado. Raramente comíamos carne ou biscoito, e só tomávamos refrigerante quando caíamos doentes.
                Nas festas não havia bebidas alcoólicas, só o arico-rico – suco industrializado em pó colocado em garrafas –, que tinha que ser dividido com os amigos, proporcionando momentos de alegria e confusão.
                Apesar das secas, minha família nunca passou fome, pois meu pai criava capotes e cabras; por esse motivo não nos faltava leite. Raramente chovia, mas quando acontecia era o maior alvoroço! Todos corriam em busca de baldes para armazenar água e eu ainda brincava com as outras crianças na chuva. A água que caía do céu era fresquinha, contrastando com a terra quente, e quando se misturavam produziam uma fumaça que causava um clima de mistério. A forte chuva formava um pequeno lameiro, que, misturado à terra, parecia um rio de chocolate. A magia da água tocando o meu rosto era muito forte. Nessas horas o trabalho era esquecido.
                Naquele tempo, a chuva era a maior alegria e a rua transformava-se em um mundo fantástico. Além das brincadeiras no lamaçal que escorria pela rua, modelávamos panelinhas de barro para brincar de comidinha, fazíamos bonecos de sabugo de milho ou casca de melancia, construíamos casinhas e redes de palha para pastorar o roçado...
                Quando não chovia era uma tristeza de dar dó, não havia mais a magia e sobrava tempo para brincar pela manhã. Então, eu e a minha turma nos reuníamos nas casinhas de palha. Lá construíamos brinquedos, conversávamos, fazíamos comidinhas de frutas e inventávamos
histórias cheias de mistérios e paixões.
                Nossa vida se enchia de alegria, que vinha de muitos momentos: das brincadeiras, da escola, da família e de quando chovia. O fim da história? Não sei, porque ainda vivo. Enquanto viver, minhas memórias nunca irão acabar.

                                                                 (Texto baseado na entrevista feita com a sra. Maria Nonata de Abreu, 58 anos.)

 

1)       O texto lido é do gênero:

a)       carta

b)       diário pessoal

c)       memórias literárias

d)       narração

 

2)       Que fato é relatado no texto lido?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

3)       Para fazer uma boa descrição é importante reparar no “ser” descrito como se o olhássemos pela primeira vez. Devemos trazer à lembrança sensações, impressões e informações captadas pelos nossos sentidos: cheiros, sabores, formas, cores, texturas, sons. Transcreva do texto lido um trecho em que o autor utiliza a descrição como recurso para envolver o leitor e fazê-lo imaginar o que se apresenta.

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

4)       Assinale a opção em que se apresentam sentimentos e impressões do narrador.

a)       “Ao chegar em casa, ajudava minha mãe a fazer chapéu.”

b)       “Minha mochila era um saco de arroz, em que levava um lápis, a cartilha do ABC e uma tabuada.”

c)        “Naquele tempo, a chuva era a maior alegria e a rua transformava-se em um mundo fantástico.”

d)       “Quando chegava da escola já era quase hora do jantar. Comíamos feijão com farofa de toucinho.”

 

5)       No fragmento “Nas festas não havia bebidas alcoólicas, só o arico-rico – suco industrializado em pó colocado em garrafas – que tinha que ser dividido com os amigos, proporcionando momentos de alegria e confusão.”, os travessões foram utilizados para:

a)       inserir a fala de um personagem.

b)       introduzir uma explicação.

c)       dirigir-se ao leitor.

d)       apresentar uma lembrança.

 

6)       Em que tempo estão os verbos em sua maioria no texto? Por que o autor usou esse tempo verbal?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

7)       Analise o seguinte fragmento:

 

“Durante o recreio, ela mandava-nos capinar o mato que crescia ao redor da escola, tarefa que julgava enfadonha, pois minhas mãos às vezes inchavam.”

a)       O pronome ela se refere a quem? ____________________________________________________________

b)       E o pronome nos em “mandava-nos”? ________________________________________________________

c)       Pelo contexto em que foi utilizada, explique o sentido da palavra enfadonha. ________________________________________________________________________________________

 

8)       O texto traz palavras e expressões que situam o leitor no tempo passado. Circule no texto uma dessas expressões.

 

9)       Complete a partir do que foi estudado em aula: O narrador usa a __________________ pessoa para contar as lembranças da entrevistada.

 

10)   Em “Nessas horas o trabalho era esquecido.”, o pronome essas + o substantivo horas retomam algo que foi apresentado anteriormente, fazendo a ligação entre as ideias. O que é retomado por “nessas horas”?

________________________________________________________________________________________________

 

11)   Que recurso o autor utilizou para finalizar seu texto?

a)       O autor fez questionamentos a respeito de sua vida.

b)       O autor deixou o leitor intrigado no final.

c)       O autor retornou ao momento presente, atual.

d) O autor fez uma reflexão emocionante.

Como se escreve?

 É caçar ou cassar ? E agora? Como eu escrevo corretamente? Vamos consultar o dicionário e descobrir qual é a maneira certa de escrever! Ob...