15 questões de Língua Portuguesa para você elaborar uma Avaliação de Língua Portuguesa para as suas turmas e alunos do 8º ano do Ensino Fundamental!
1) Epopeias são extensos poemas narrativos que contam um feito grandioso de um herói, o protagonista e representante de uma nação, de um povo. Esses textos possuem
a)
estrutura
definida: proposição, dedicatória, invocação, narração e conclusão.
b)
estrutura
variável de acordo com o desejo do poeta.
c)
eu
lírico ou eu poético que expressam seus sentimentos.
d)
versos
livres em toda a sua extensão.
Leia o texto
para responder à próxima questão.
Crônica parafraseada de uma Síria em guerra
Ela abre os olhos. Não fosse o cheiro horrível de morte, o silêncio
seria até agradável, mas o olfato a lembra que não há paz 1– nem
pessoas, vizinhos, crianças. A trégua na manhãzinha não traz esperança. Tão
somente lhe permite descansar o corpo, mas não a mente. As lembranças da noite
anterior ainda produzem sobressaltos. Bombas, casas caindo e soldados gritando.
Levanta-se, bebe o pouco da água que restou do copo ao lado da cama. Já
não é tão limpa, nem farta como antes. Sempre um gosto amargo misturado com
Abre a geladeira, e só encontra comida enlatada e congelada. E mesmo não
tão congelada assim, já que os cortes diários de eletricidade derretem as
camadas de gelo.
Os sobrinhos ainda dormem, e ela tenta orar. Não consegue. A mente
desconcentra-se facilmente. Em uma prece fragmentada, pede a Deus descanso e
trégua. E faz a oração sem pensar muito. Não precisa; é a mesma oração das
últimas semanas.
Ela não quer sair de casa. Não é teimosia, é falta de opção. 2“Para
onde ir?”, pergunta, com uma voz desesperançosa. Está tão confusa que não
consegue imaginar saídas.
Nem a piedade de enterrar os mortos o governo permite. Cadáveres estão
espalhados pelas ruas. As forças de Assad 3impediram de sepultar ou
mesmo remover os restos mortais. Ou seja, mesmo viva, ela não tem como fugir da
morte escancarada diante de seus olhos. Não é fácil acreditar na vida, quando a
realidade grita o contrário.
Se não podem sepultar os mortos, os sobreviventes tentam ao menos ajudar
a curar as feridas dos machucados. Não podem levá-los aos hospitais da cidade,
já que há um medo generalizado de que o governo prenda os feridos como se
fossem prisioneiros de guerra. Resta improvisar atendimento nos campos. Não
bastasse a precariedade do atendimento, não há medicamentos suficientes.
Rebeca, de 32 anos, é trabalhadora autônoma. Ou melhor, 4era.
Agora já não sabe mais o que é e o que faz em sua cidade Damasco, capital da
Síria.
Crônica parafraseada do depoimento de uma moradora
da capital da Síria (identificada apenas pela letra “R”) ao jornal Folha de São
Paulo, de quarta-feira, dia 25. A Síria está em revolta há 16 meses contra a
ditadura de Bashar al-Assad. Nos últimos dias, o confronto contra os rebeldes
se acirrou e as mortes aumentaram.
Disponível em:
<http://ultimato.com.br/sites/fatosecorrelatos/2012/07/26/
cronica-parafraseada-de-uma-siria-em-guerra/> Acesso em: 14 set.
2015.
2) Sobre o texto, são feitas as seguintes afirmações:
I. A
narradora, um dia após um bombardeio na cidade de Damasco, conta um episódio
trágico por ela vivido.
II. O texto
descreve o drama de uma refugiada síria, em Damasco, que se depara
cotidianamente com a morte.
III. A
crônica foi inspirada em um caso verídico relatado por uma sobrevivente da
guerra na Síria.
IV. A
narradora, intitulada Rebeca, vive uma situação dramática: a guerra na Síria.
Está(ão)
correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, II, III e IV.
b) I e IV apenas.
c) III apenas.
d) II, III e IV apenas.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO
A estranha passageira
Stanislaw Ponte Preta
– O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero
hora de voo - e riu nervosinha, coitada.
Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo
e isto iria fazer-lhe bem. Lá se foi a oportunidade de ler o romance policial
que eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem. Suspirei e me fiz de
educado respondendo que estava às suas ordens.
Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam já
se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que
aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre
pessoas íntimas. A coisa foi ficando ridícula:
– Para que esse saquinho aí? – foi a pergunta que fez, num tom de voz
que parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo.
– É para a senhora usar em caso de necessidade – respondi baixinho.
Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos adivinharam
qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou:
– Uai... as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro?
Alguns passageiros riram, outros – por fineza – fingiram ignorar o lamentável
equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas ela era um azougue* (...)
e não parava de badalar. Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona
e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força,
caindo para trás e esparramando embrulhos por todos os lados.
O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada,
esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de
banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:
– Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?
Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de
emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.
Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o
término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir
jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.
Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira
para ficar do lado da janelinha para ver a paisagem) e gritou:
– Puxa vida!!!
Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e
disse:
– Olha lá embaixo.
Eu olhei. E ela acrescentou:
– Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o pessoal lá embaixo
parece formiga.
Suspirei e lasquei:
– Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou
voo.
<http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com.br/2013/08/
a-estranha-passageira-estanislaw-ponte.html> Acesso em: 26.02.2015.
Adaptado.
* azougue: indivíduo que expressa ligeireza; quem é muito rápido.
3) De acordo com as características dessa crônica, é correto afirmar que se
trata de um texto
a) narrativo, pois conta um fato por meio das linguagens verbal e não
verbal.
b) narrativo, pois conta, em primeira pessoa, um fato que pode ser verídico
ou fictício.
c) narrativo, pois conta, em terceira pessoa, um fato que pode ser verídico
ou fictício.
d) descritivo, pois o autor explora as características físicas das
personagens.
4) O Brasil jovem está “curtindo” o vestibular.
Os termos destacados no período acima são, respectivamente:
a)
adjunto
adverbial e objeto direto.
b)
predicativo
do sujeito e objeto direto.
c)
adjunto
adnominal e complemento nominal.
d)
adjunto
adnominal e objeto direto.
5) A função
sintática do segmento destacado em "O combate À VIOLÊNCIA é uma
necessidade geral [...]" encontra correta classificação na alternativa:
a) objeto direto.
b) objeto indireto.
c) complemento nominal.
d) adjunto adnominal.
6) Analise
as duas construções a seguir e assinale
a alternativa que apresenta uma análise correta.
A crítica do autor foi cruel.
A crítica ao autor foi cruel.
a)
Os
termos do autor e ao autor exercem a mesma função
sintática.
b)
Não
houve alteração semântica com a troca da preposição “de” por “a”.
c)
O
termo “ao autor” exerce a função
sintática de complemento nominal.
d)
Na
1ª frase, “do autor” tem sentido
passivo, funcionando como complemento.
7) Assinale
a alternativa em que o termo em destaque exerce a função de complemento nominal.
a) A enchente alagou a cidade.
b) Precisamos de mais informações.
c) A resposta ao aluno não
foi convincente.
d) O professor não quis responder ao aluno.
8)
História estranha
Um homem vem
caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está
com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola
perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de
que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem
uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque
quando de repente aproximou-se um homem e…
O homem
aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus
olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que
coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram
limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas
abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para
trás.
O garoto fica olhando para a sua
figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando
eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!
(Luís
Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)
O discurso indireto livre é empregado na seguinte
passagem:
a) Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o
tempo.
b) Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga
lembrança daquela cena.
c) Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos
de idade.
d) O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas
abraça a si mesmo, longamente.
9) “O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trânsito; forçando a que os motoristas dos carros menores ________, muitas delas, completamente sem _________. Os espações podem ser completados adequadamente com a seguinte sequência:
a) tráfico – infrações – inflijam – concerto;
b) tráfego – infrações – inflijam – conserto;
c) tráfego – inflações – infrinjam – conserto;
d) tráfego – infrações – infrinjam – conserto.
O efeito de sentido do texto acima é
causado através
a) da rotina de afazeres que o menino
tem durante o dia.
b) da semelhança fônica entre as
palavras “cestas”, “sestas” e “sextas”, mas com significados diferentes.
c) da semelhança gráfica entre as
palavras “cestas”, “sestas” e “sextas”, mas com significados diferentes.
d) do fato de “cestas”, “sestas” e
“sextas” terem o mesmo som e significados equivalentes.
11) Leia
o texto em destaque e marque a única
alternativa correta.
VEREADOR NA PB
É CASSADO APÓS DENÚNCIA DE AGRESSÃO E AMEAÇA CONTRA
OUTROS VEREADORES
O vereador Roberto Rodrigues (PC do B)
foi eleito com 193 votos em outubro de 2016 na cidade de Pedra Branca, no
Sertão paraibano. Ele teve o seu mandato cassado pelos outros vereadores por
quebra de decoro parlamentar, com base em uma denúncia de agressões verbais,
ameaças e uma suposta tentativa de agressão física contra o presidente
da sessão de solenidade de posse dos vereadores em 1º
de janeiro. (Retirado de: http://g1.globo.com) |
a)
A
função deste texto é dar a opinião sobre o ocorrido.
b)
A
palavra “cassado” no título do texto está escrita errada, deveria ser “caçado”.
c)
A
palavra “sessão” no final do texto está correta, pois significa “divisão”,
“partição”.
d)
Tanto
a palavra “cassado” quanto “sessão” foram usadas de forma correta no texto.
12) Identifique a figura de linguagem predominante na tirinha a seguir.
a)
Pleonasmo.
b)
Eufemismo.
c)
Hipérbole.
d)
Gradação.
13) O pleonasmo é a reiteração de uma
mesma ideia por meio de uma superabundância ou repetição de palavras. Quando
este recurso nada acrescenta e pode resultar de uma ignorância do sentido exato
da palavra, temos um pleonasmo vicioso. Indique,
dentre as seguintes alternativas, aquela em que o termo destacado pode ser considerado
um pleonasmo vicioso.
a) Paisagens, quero-as
comigo!
b) A plateia gostou do principal protagonista.
c) Sei de uma criatura antiga e formidável.
d) Como são charmosas as
primeiras rosas.
14) Identifique
a figura de linguagem presente nos versos destacados a seguir.
A explosiva
descoberta
Ainda me
atordoa.
Estou cego e vejo.
Arranco os olhos e vejo.
(Carlos Drummond
de Andrade)
a)
Hipérbole.
b)
Eufemismo.
c)
Antítese.
d)
Paradoxo.
15)
O
labirinto dos manuais Há alguns meses troquei meu
celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de
tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia
para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi,
folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas
horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever
todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei
baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não
achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando
que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. — Manual só confunde – disse
didaticamente. – Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri
que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não
consigo botar a campainha de volta! Atualmente, estou de computador
novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a
promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi:
“Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um
supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça
latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria
melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz? Tudo foi criado para
simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira
fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de
pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior
era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que
eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro
dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária
disparou todas as mensagens, desde o início do ano! Eu sei que para a garotada que
está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez
alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de
que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a
maioria das pessoas acaba fazendo! (Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado) |
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Entre as características que definem uma
crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco
a)
a
narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação.
b)
a
criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto.
c) o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano.
d) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor.
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