11.9.23

Avaliação: 15 questões de Língua Portuguesa para o 8º ano do Ensino Fundamental

 1) Analise o texto a seguir.

Buscando a excelência

Lya Luft

 

Estamos carentes de excelência. A mediocridade reina, assustadora, implacável e persistentemente. Autoridades, altos cargos, líderes, em boa parte desinformados, desinteressados, incultos, lamentáveis. Alunos que saem do ensino médio semianalfabetos e assim entram nas universidades, que aos poucos – refiro-me às públicas – vão se tornando reduto de pobreza intelectual.

As infelizes cotas, contra as quais tenho escrito e às quais me oponho desde sempre, servem magnificamente para alcançarmos este objetivo: a mediocrização também do ensino superior. Alunos que não conseguem raciocinar porque não lhes foi ensinado, numa educação de brincadeirinha. E, porque não sabem ler nem escrever direito e com naturalidade, não conseguem expor em letra ou fala seu pensamento truncado e pobre. [...] E as cotas roubam a dignidade daqueles que deveriam ter acesso ao ensino superior por mérito [...] Meu conceito serve para cotas raciais também: não é pela raça ou cor, sobretudo autodeclarada, que um jovem deve conseguir diploma superior, mas por seu esforço e capacidade. [...]

            Em suma, parece que trabalhamos para facilitar as coisas aos jovens, em lugar de educá-los com e para o trabalho, zelo, esforço, busca de mérito, uso da própria capacidade e talento, já entre as crianças. O ensino nas últimas décadas aprimorou-se em fazer os pequenos aprender brincando. Isso pode ser bom para os bem pequenos, mas já na escola elementar, em seus primeiros anos, é bom alertar, com afeto e alegria, para o fato de que a vida não é só brincadeira, que lazer e divertimento são necessários até à saúde, mas que a escola é também preparação para uma vida profissional futura, na qual haverá disciplina e limites – que aliás deveriam existir em casa, ainda que amorosos.

            Muitos dirão que não estou sendo simpática. Não escrevo para ser agradável, mas para partilhar com meus leitores preocupações sobre este país com suas maravilhas e suas mazelas, num momento fundamental em que, em meio a greves, justas ou desatinadas, [...] se delineia com grande inteligência e precisão a possibilidade de serem punidos aqueles que não apenas prejudicaram monetariamente o país, mas corroeram sua moral e a dignidade de milhões de brasileiros. Está sendo um momento de excelência que nos devolve ânimo e esperança.

 

Fonte: Revista Veja, de 26.09.2012. (Adaptado.)

 

O texto apresentado é um artigo de opinião, que se insere no conjunto dos textos de tipo

a) dissertativo-argumentativo com porções descritivas.

b) descritivo com porções dissertativo-expositivas.

c) narrativo com porções dissertativo-expositivas.

d) narrativo com porções descritivas.

 

2) Leia com atenção.

Turismo na favela: e os moradores?

Água morro abaixo, fogo morro acima e invasão de turistas em favelas pacificadas são difíceis de conter. Algo precisa ser feito para que a positividade do momento não transforme esses lugares em comunidades “só pra inglês ver”. As favelas pacificadas tornaram-se alvo de uma volúpia consumidora poucas vezes vista no Rio de Janeiro. O momento em que se instalaram as Unidades de Polícia Pacificadora em algumas favelas foi como se tivesse sido descoberto um novo sarcófago de Tutankamon, o faraó egípcio: uma legião de turistas, pesquisadores, empresários, comerciantes “descobriram” as favelas.

O Santa Marta, primeira favela a ter uma UPP ao longo dos seus quase 80 anos, sempre recebeu, na maioria das vezes de forma discreta, visitantes estrangeiros. E, em alguns casos, ilustres: Rainha Elizabeth, Senador Kennedy, Gilberto Gil. Até mesmo Michael Jackson, quando gravou seu clipe na favela, não permitiu a presença da mídia. A partir de 2008, iniciou-se a era das celebridades e a exposição da favela para o mundo.

Algumas perguntas, porém, precisam ser feitas e respondidas no momento em que o poder público pensa em investir nesse filão: o que é uma favela preparada para receber turistas? Que “maquiagem” precisa ser feita para que o turista se sinta bem? Que produtos os turistas querem encontrar ali? O comércio local deve adaptar-se aos turistas ou servir aos moradores? Se o Morro não é uma propriedade particular, se não tem um dono, todo e cada morador tem o direito de opinar sobre o que está se passando com o seu lugar de moradia.

Essas e outras questões devem pautar o debate entre moradores e gestores públicos sobre o turismo nas favelas pacificadas. Se os moradores não se organizarem e se não assumirem o protagonismo das ações de turismo e de entretenimento no Santa Marta, vamos assistir aos nativos — os de dentro — servindo de testa de ferro para empreendimentos e iniciativas dos de fora, às custas de uma identidade local que aos poucos vai perdendo suas características.

Tomar os princípios do turismo comunitário — integridade das identidades locais, protagonismo e autonomia dos moradores — talvez ajude-nos a encontrar estratégias para receber os de fora sem sucumbir às regras violentas de um turismo mercadológico.


Itamar Silva é Presidente do Grupo Eco — Santa Marta e diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Adaptado de: Jornal O Dia, 31/01/2013.  

O texto é predominantemente argumentativo. Isso significa que seu enunciador sustenta uma tese, ou seja, um ponto de vista específico a respeito do tema desenvolvido. A alternativa que melhor sintetiza a tese central desse texto é:

a) a pacificação de algumas favelas incrementou o turismo nessas regiões.

b) o turismo na favela deve ser praticado de maneira favorável aos moradores.

c) as Unidades de Polícia Pacificadora não trazem ganhos reais para as comunidades.

d) a preservação da identidade local é imprescindível para o turismo nas favelas.

 

Texto para a questão 3.

Tintim

 

Durante alguns anos, o tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer aquilo? Imaginei que fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que sobrevivera ao sistema métrico, como a braça, a légua, etc. Outro mistério era o triz. Qual a exata definição de um triz? É uma subdivisão de tempo ou de espaço. As coisas deixam de acontecer por um triz, por uma fração de segundo ou de milímetro. Mas que fração? O triz talvez correspondesse a meio tintim, ou o tintim a um décimo de triz.

Tanto o tintim quanto o triz pertenceriam ao obscuro mundo das microcoisas.

Há quem diga que não existe uma fração mínima de matéria, que tudo pode ser dividido e subdividido. Assim como existe o infinito para fora – isto é, o espaço sem fim, depois que o Universo acaba – existiria o infinito para dentro. A menor fração da menor partícula do último átomo ainda seria formada por dois trizes, e cada triz por dois tintins, e cada tintim por dois trizes, e assim por diante, até a loucura.

Descobri, finalmente, o que significa tintim. É verdade que, se tivesse me dado o trabalho de olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância não teria durado tanto. Mas o óbvio, às vezes, é a última coisa que nos ocorre. Está no Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que evoca o tinido das moedas.

Originalmente, portanto, "tintim por tintim" indicava um pagamento feito minuciosamente, moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no Brasil, tiniam, ao contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem ruído. Numa investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim ficaríamos tinindo sem parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito.

Tintim por tintim. A menina muito dada namoraria sim-sim por sim-sim. O gordo incontrolável progrediria pela vida quindim por quindim. O telespectador habitual viveria plim-plim por plim-plim. E você e eu vamos ganhando nosso salário tin por tin (olha aí, a inflação já levou dois tins).

Resolvido o mistério do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem de matéria, resta o triz. O Aurelião não nos ajuda. "Triz", diz ele, significa por pouco. Sim, mas que pouco? Queremos algarismos, vírgulas, zeros, definições para "triz". Substantivo feminino. Popular.

"Icterícia." Triz quer dizer icterícia. Ou teremos que mudar todas as nossas teorias sobre o Universo ou teremos que mudar de assunto. Acho melhor mudar de assunto. O Universo já tem problemas demais. 

VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

 

3) Levando em consideração o texto “Tintim”, de Luis Fernando Veríssimo, e a forma de organização do discurso em narração, descrição e exposição, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso e assinale a alternativa correta.

 

(     ) “Durante alguns anos, o tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer aquilo? Imaginei que fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que sobrevivera ao sistema métrico, como a braça, a légua, etc.”. A forma de organização do discurso que prevalece no trecho é a narração.

(     ) “É verdade que, se tivesse me dado o trabalho de olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância não teria durado tanto. Mas o óbvio, às vezes, é a última coisa que nos ocorre. Está no Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que evoca o tinido das moedas.” A forma de organização do discurso que prevalece no trecho é a descrição.

(     ) “Resolvido o mistério do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem de matéria, resta o triz. O Aurelião não nos ajuda. "Triz", diz ele, significa por pouco. Sim, mas que pouco? Queremos algarismos, vírgulas, zeros, definições para "triz". Substantivo feminino. Popular”. A forma de organização do discurso que prevalece no trecho é a descrição.

(     ) “Originalmente, portanto, "tintim por tintim" indicava um pagamento feito minuciosamente, moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no Brasil, tiniam, ao contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem ruído. Numa investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim ficaríamos tinindo sem parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito”. A forma de organização do discurso que prevalece no trecho é a exposição.

 

a) V, V, F, F

b) F, V, V, V

c) V, F, F, V

d) F, V, F, F

 

 

4) O texto a seguir, de Eduardo Galeano, apresenta a vida difícil de um menino paquistanês.

 

Mão de obra

Mohammed Ashraf não vai à escola. Desde que sai o sol até que a lua apareça, ele corta, recorta, perfura, arma e costura bolas de futebol, que saem rodando da aldeia paquistanesa de Umar Kot para os estádios do mundo.

Mohammed tem onze anos. Faz isso desde os cinco. Se soubesse ler, e ler em inglês, poderia entender a inscrição que ele prega em cada uma de suas obras: Esta bola não foi fabricada por crianças.

GALEANO, Eduardo. Bocas do tempo. Tradução de Eric Nepomuceno. Porto Alegre: LEPM, 2004. p.64. 

No primeiro parágrafo do texto, observamos que há:

a) dois períodos, um simples e um composto.

b) duas frases, uma nominal e uma verbal.

c) duas orações no primeiro período.

d) mais de nove orações no segundo período.

 

5) Leia.

O homem e o seu espelho

Cecília Meireles

Vou contar uma história que parece da Carochinha. Era uma vez, por esses Brasis, um pobre homem que vivia numa pobre choupana. No meio de tanta pobreza, o homem possuía um tesouro: possuía um grande espelho, muito claro e luminoso. Como o teria arranjado, não me disseram: pertencera, talvez, a algum antepassado rico, ou resultara de alguma barganha, ou caíra da Lua (tal a sua claridade), embora, na verdade, se tratasse de um espelho de Veneza.

Vivia, pois, o pobre homem com o seu formoso espelho pendente de um prego na parede de barro da habitação, que se enchia de luz com o reflexo dos dias e das noites na sua superfície.

Mas um dia o pobre homem adoeceu gravemente. Como as ervas e benzeduras já não produzissem nenhum efeito, foi preciso (muito a contragosto) chamar um médico. E o médico chamado era um coração de santo, com certeza, mas também uma alma de artista. E além disso, um colecionador de antiguidades.

Veio, pois, o médico e a primeira coisa que viu – Deus lhe perdoe! – não foi o doente, mas o seu espelho, cintilante e límpido. E começou a tratar do homem. Honra lhe seja feita que o tratava com a maior dedicação. Mas pensava no espelho. Não falava nisso, porém, porque o homem estava muito mal, e o tempo não era para conversa.

O tratamento foi longo e difícil. Mas o médico empenhava-lhe em salvar o pobre homem, de cuja família ninguém tinha notícias. O homem não tinha mesmo outra família além do seu espelho.

Passam-se os dias, o homem melhora, levanta-se, põe-se a andar e a conversar. Conversa vai, conversa vem, o médico pergunta-lhe se não quer vender aquele espelho. Para que conservá-lo naquele prego, exposto a cair de repente, a transformar-se em pó impalpável? Com o dinheiro daquele espelho poderia viver muito tempo, sem precisar trabalhar, ele, que andava tão fraco...

O homem considerou aquelas palavras do médico, na sua solidão, no fundo desses Brasis, ainda inocentes e meigos, e delicadamente se recusou a fazer qualquer negócio. Os pobres sentimentais são assim: têm vergonha de falar em dinheiro. O dinheiro assusta-os como uma coisa indigna, imoral.

O médico era uma pessoa direta: oferecia ao seu cliente um preço adequado. (Nem ele imaginaria que o espelho valesse tanto!) Procurou convencê-lo da honestidade de seus propósitos: amava aquele espelho desde que o vira pela primeira vez. Na verdade, a conversa parecia um pedido de casamento. O preço era outra história: mas não se discutia o preço.

Então, o homem já acostumado ao convívio do médico, com uma sinceridade de pessoa honesta (acostumada a viver diante de um espelho) confessou-lhe a causa de tanta relutância: “É que quando eu olho para este espelho, doutor, vejo a minha cara repetida cinquenta vezes!”

Era mesmo assim: entre a larga superfície de cristal e a moldura, o espelho possuía como um cordão de pequenos hemisférios convexos, que multiplicavam a imagem refletida. O homem dera-se ao trabalho de contar: a imagem repetia-se, na verdade, cinquenta vezes.

Ora, eu também fiz como todo mundo e fui ver como ficava meu rosto, nessa multiplicação. E aconteceu-me o imprevisto: quando me fixei naquela sucessão de espelhinhos convexos, que de longe pareciam bolinhas em relevo, encontrei não o meu, mas o rosto do antigo dono (que eu nem sei como era!) com esse ar um pouco de saudade e um pouco de sabedoria e renúncia que antigamente se encontrava na boa gente humilde desses Brasis.

Mas o que não consegui saber é por que o antigo dono do espelho gostava tanto de se ver refletido cinquenta vezes. Pesava-lhe a solidão de tal maneira que se consolasse com seu próprio reflexo, naquele abandono em que vivia? Conversaria com a sua imagem? Contaria a si mesmo, como a um amigo íntimo, suas melancolias e esperanças? Que diria aquele homem ao seu retrato multiplicado? O que não ousaria jamais dizer ao melhor amigo? (Os espelhos têm essa propriedade maravilhosa de nada reterem, de nada escravizarem. Refletem todas as confidências, e logo as apagam. Sabem guardar segredos.)

In: PERSUHN, Janice J. Escrevivendo: comunicação e expressão. São Paulo: Editora do Brasil, 1980, p. 192.

Assinale a alternativa em que o termo destacado não é o sujeito da oração.
a) “No meio de tanta pobreza, o homem possuía um tesouro.”

b) “Veio, pois, o médico, e a primeira coisa que viu...”

c) “Não falava nisso, porém, porque o homem estava muito mal...”

d) “Mas o médico empenhava-­‐se em salvar o pobre homem...”

 

6) Leia o texto a seguir para responder à questão.

Disponível em: <http://www.maiszero.com/2011/06/charge-dofacebook.html>. Acesso em: 10 nov. 2013.

Em “Mamãe também tem muitos amigos imaginários”, a palavra em destaque assume, sintaticamente, a função de

a) substantivo.

b) sujeito.

c) predicado.

d) complemento.

 

7) Analise o seguinte trecho: “Carlos Henrique, venha para dentro. Está na hora do jantar. Lave as mãos e venha para mesa.”.

Em relação ao fragmento analisado, é correto afirmar que é composto por: 

a) 5 orações e 3 frases. 

b) 3 frases e 3 orações. 

c) 4 frases e 4 orações. 

d) 3 frases e 4 orações. 

 

8) Leia o cartum.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios 


No segundo quadro do cartum, o sujeito do verbo “conseguiram” é:

a) oculto ou desinencial.

b) indeterminado.

c) inexistente.

d) os cientistas.

9) Leia a anedota de Ziraldo e indique a opção que corresponde aos tipos de predicado presentes na fala atribuída à professora, obedecendo à ordem em que eles aparecem no texto.

                A inspetora da escola estava visitando todas as turmas quando o Juquinha levou um tombo no corredor e berrou todos os palavrões que conhecia.

Escandalizada, a inspetora perguntou:

- Onde essa criança aprendeu tanto palavrão?

E a professora, muito sem graça:

-Aprendeu nada! Isso é dom natural.

 

Fonte: Ziraldo. Mais anedotinhas do Bichinho da Maçã. 10 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1993. p. 10-11.)

a) Predicados nominal e verbal.

b) Predicados verbal e nominal.

c) Predicados verbal e verbo-nominal.

d) Predicados verbo-nominal e verbal.

 

10) Leia com atenção e faça o que se pede



Na língua portuguesa, predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Na expressão “você é louco”, temos predicado nominal porque
a) a palavra louco é predicativo do sujeito, ou seja, o verbo “ser” expressa apenas o estado do sujeito e não uma ação.
b) o verbo “ser” representa todos os verbos que estão no primeiro quadrinho.
c) verbo “ser” é sinônimo do verbo “estar” empregado no primeiro quadro.
d) o sentido das palavras blog e Orkut também é completado pelo verbo “ser”.

 

11) Leia o seguinte fragmento.

A minha velha tábua de cortar temperos era de madeira e foi adquirida na loja do Alcides Zuanazzi. Rachou-se ao meio a tábua, tal como aconteceu com a gamela onde eu dava de beber à minha fauna íntima. [...]

Em vinte anos de convivência ficamos tão parecidas, eu e a tábua; ela vincada dos cortes de faca por conta das hortas de temperos e legumes que teve que aparar, e eu vincada dos caminhos que a Via Láctea percorreu em mim."

BOCHECO, Eloí E. Pedras soltas. Florianópolis: UFSC, 2006, p. 107.

Sobre os elementos essenciais da oração,

a) o sujeito da primeira oração do texto é “a minha velha”.

b) “era de madeira” é predicado verbo-nominal.

c) “rachou-se ao meio a tábua” é uma oração com predicado verbo-nominal.

d) “ficamos tão parecidas” é um predicado nominal.


12) 

Fonte: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/. Acesso em: 19 ago. 2019.



Considerando o 1º quadrinho da tirinha, o termo o Instagram, na organização sintática da oração, funciona como:

a) verbo.

b) predicativo.

c) complemento verbal.

d) sujeito.

 

13) Leia o seguinte trecho.

 

Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.

                                          (RODRÍGUES, S. Sobre palavras. Veja, São Paulo. 30 nov. 2011)


Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Uma das formas de se obter a coesão é através da elipse, ou seja, omissão de um termo claramente subentendido. Identifique o fragmento do texto em que um sujeito não está expresso na oração, mas pode ser identificado pelo contexto comunicativo.

 

a)      "[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”

b)      "Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.

c)      “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia

d)      “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”

14) Os seis períodos abaixo constituem um parágrafo de introdução para um texto dissertativo-argumentativo acerca da preocupação ecológica na atualidade. Ordene-os e marque a alternativa com a sequência mais coerente.

 

(A) Entre os fatores responsáveis por esse quadro, encontram-se a ganância de grandes empresas, o descaso de muitos governos e a falta de consciência do cidadão comum.

(B) Poluição das águas.

(C) Felizmente, no entanto, nem tudo está perdido, pois ganha espaço no mundo a preocupação com as questões ambientais.

(D) Destruição da camada de ozônio.

(E) Tais têm sido alguns dos problemas ecológicos mais frequentes dos últimos tempos.

(F) Lixo não biodegradável.



a)      E, D, F, B, A, C

b)      B, D, F, E, A, C

c)      F, D, B, A, E, C

d)      D, F, B, C, E, A

 

15) Na última semana, o governo Dilma recebeu uma boa e uma má notícia. A boa foi a lista do procurador-geral Rodrigo Janot que, ao pedir inquéritos contra os presidentes das duas casas legislativas, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), fez com que a crise da Lava Jato atravessasse a rua e mudasse de endereço, migrando do Palácio do Planalto para o Congresso Nacional. A má foi a descoberta de como ambos podem reagir, agora que se sentem atingidos por uma suposta manobra que atribuem ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – na visão de Cunha e Calheiros, ele teria influído na “lista de Janot”.

ATTUCH, Leonardo.

Disponível em: <http://istoe.com.br/407943_A+LISTA+DE+JANOT+E+A+ECONOMIA/>. Acesso em 17 ago. 2020.

 

Com relação à forma de introdução utilizada no trecho do artigo de opinião anterior, considere as seguintes afirmações:

I-                   Trata-se de introdução por divisão de ideias.

II-                 No Texto, Palácio do Planalto se relaciona semanticamente com governo Dilma, e Congresso Nacional com Eduardo Cunha e Renan Calheiros.

III-              As palavras “boa” e “má” marcam uma definição utilizada para introduzir o texto.

IV-              A introdução do texto lança mão de frases nominais como forma de ilustrar o caos no cenário político brasileiro.

Está CORRETO o que se afirma em:

a) I e III.

b) I e II.

c) I, III e IV.

d) I, II e III. 


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