1) Analise o texto a seguir.
Buscando a
excelência
Lya Luft
Estamos carentes de excelência. A
mediocridade reina, assustadora, implacável e persistentemente. Autoridades,
altos cargos, líderes, em boa parte desinformados, desinteressados, incultos,
lamentáveis. Alunos que saem do ensino médio semianalfabetos e assim entram nas
universidades, que aos poucos – refiro-me às públicas – vão se tornando reduto
de pobreza intelectual.
As infelizes cotas, contra as quais
tenho escrito e às quais me oponho desde sempre, servem magnificamente para
alcançarmos este objetivo: a mediocrização também do ensino superior. Alunos
que não conseguem raciocinar porque não lhes foi ensinado, numa educação de
brincadeirinha. E, porque não sabem ler nem escrever direito e com
naturalidade, não conseguem expor em letra ou fala seu pensamento truncado e
pobre. [...] E as cotas roubam a dignidade daqueles que deveriam ter acesso ao
ensino superior por mérito [...] Meu conceito serve para cotas raciais também:
não é pela raça ou cor, sobretudo autodeclarada, que um jovem deve conseguir
diploma superior, mas por seu esforço e capacidade. [...]
Em suma, parece que trabalhamos para
facilitar as coisas aos jovens, em lugar de educá-los com e para o trabalho,
zelo, esforço, busca de mérito, uso da própria capacidade e talento, já entre
as crianças. O ensino nas últimas décadas aprimorou-se em fazer os pequenos
aprender brincando. Isso pode ser bom para os bem pequenos, mas já na escola
elementar, em seus primeiros anos, é bom alertar, com afeto e alegria, para o
fato de que a vida não é só brincadeira, que lazer e divertimento são
necessários até à saúde, mas que a escola é também preparação para uma vida
profissional futura, na qual haverá disciplina e limites – que aliás deveriam
existir em casa, ainda que amorosos.
Muitos dirão que não estou sendo
simpática. Não escrevo para ser agradável, mas para partilhar com meus leitores
preocupações sobre este país com suas maravilhas e suas mazelas, num momento
fundamental em que, em meio a greves, justas ou desatinadas, [...] se delineia
com grande inteligência e precisão a possibilidade de serem punidos aqueles que
não apenas prejudicaram monetariamente o país, mas corroeram sua moral e a
dignidade de milhões de brasileiros. Está sendo um momento de excelência que
nos devolve ânimo e esperança.
Fonte: Revista Veja, de
26.09.2012. (Adaptado.)
O
texto apresentado é um artigo de opinião, que se insere no conjunto dos textos
de tipo
a)
dissertativo-argumentativo com porções descritivas.
b)
descritivo com porções dissertativo-expositivas.
c)
narrativo com porções dissertativo-expositivas.
d)
narrativo com porções descritivas.
2) Leia com atenção.
Turismo
na favela: e os moradores?
Água
morro abaixo, fogo morro acima e invasão de turistas em favelas pacificadas são
difíceis de conter. Algo precisa ser feito para que a positividade do momento
não transforme esses lugares em comunidades “só pra inglês ver”. As favelas
pacificadas tornaram-se alvo de uma volúpia consumidora poucas vezes vista no
Rio de Janeiro. O momento em que se instalaram as Unidades de Polícia
Pacificadora em algumas favelas foi como se tivesse sido descoberto um novo
sarcófago de Tutankamon, o faraó
egípcio: uma legião de turistas, pesquisadores, empresários, comerciantes
“descobriram” as favelas.
O
Santa Marta, primeira favela a ter uma UPP ao longo dos seus quase 80 anos,
sempre recebeu, na maioria das vezes de forma discreta, visitantes
estrangeiros. E, em alguns casos, ilustres: Rainha Elizabeth, Senador Kennedy,
Gilberto Gil. Até mesmo Michael Jackson, quando gravou seu clipe na favela, não
permitiu a presença da mídia. A partir de 2008, iniciou-se a era das
celebridades e a exposição da favela para o mundo.
Algumas
perguntas, porém, precisam ser feitas e respondidas no momento em que o poder
público pensa em investir nesse filão: o que é uma favela preparada para
receber turistas? Que “maquiagem” precisa ser feita para que o turista se
sinta bem? Que produtos os turistas querem encontrar ali? O comércio local deve
adaptar-se aos turistas ou servir aos moradores? Se o Morro não é uma
propriedade particular, se não tem um dono, todo e cada morador tem o direito
de opinar sobre o que está se passando com o seu lugar de moradia.
Essas
e outras questões devem pautar o debate entre moradores e gestores públicos
sobre o turismo nas favelas pacificadas. Se os moradores não se organizarem e
se não assumirem o protagonismo das ações de turismo e de entretenimento no
Santa Marta, vamos assistir aos nativos — os de dentro — servindo de testa de
ferro para empreendimentos e iniciativas dos de fora, às custas de uma
identidade local que aos poucos vai perdendo suas características.
Tomar os princípios do turismo comunitário — integridade
das identidades locais, protagonismo e autonomia dos moradores — talvez
ajude-nos a encontrar estratégias para receber os de fora sem sucumbir às
regras violentas de um turismo mercadológico.
Itamar Silva é Presidente do Grupo Eco — Santa Marta e diretor do Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Adaptado de: Jornal O
Dia, 31/01/2013.
O texto é predominantemente argumentativo. Isso
significa que seu enunciador sustenta uma tese, ou seja, um ponto de vista
específico a respeito do tema desenvolvido. A alternativa que melhor sintetiza
a tese central desse texto é:
a) a pacificação de algumas favelas incrementou o
turismo nessas regiões.
b) o turismo na favela deve ser praticado de
maneira favorável aos moradores.
c) as Unidades de Polícia Pacificadora não trazem
ganhos reais para as comunidades.
d) a preservação da identidade local é
imprescindível para o turismo nas favelas.
Texto
para a questão 3.
Tintim
Durante
alguns anos, o tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer
aquilo? Imaginei que fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que
sobrevivera ao sistema métrico, como a braça, a légua, etc. Outro mistério era
o triz. Qual a exata definição de um triz? É uma subdivisão de tempo ou de
espaço. As coisas deixam de acontecer por um triz, por uma fração de segundo ou
de milímetro. Mas que fração? O triz talvez correspondesse a meio tintim, ou o
tintim a um décimo de triz.
Tanto
o tintim quanto o triz pertenceriam ao obscuro mundo das microcoisas.
Há
quem diga que não existe uma fração mínima de matéria, que tudo pode ser
dividido e subdividido. Assim como existe o infinito para fora – isto é, o
espaço sem fim, depois que o Universo acaba – existiria o infinito para dentro.
A menor fração da menor partícula do último átomo ainda seria formada por dois
trizes, e cada triz por dois tintins, e cada tintim por dois trizes, e assim
por diante, até a loucura.
Descobri,
finalmente, o que significa tintim. É verdade que, se tivesse me dado o
trabalho de olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância não teria durado
tanto. Mas o óbvio, às vezes, é a última coisa que nos ocorre. Está no
Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que evoca o tinido das moedas.
Originalmente,
portanto, "tintim por tintim" indicava um pagamento feito
minuciosamente, moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no Brasil,
tiniam, ao contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem
ruído. Numa investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim
ficaríamos tinindo sem parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito.
Tintim
por tintim. A menina muito dada namoraria sim-sim por sim-sim. O gordo
incontrolável progrediria pela vida quindim por quindim. O telespectador
habitual viveria plim-plim por plim-plim. E você e eu vamos ganhando nosso
salário tin por tin (olha aí, a inflação já levou dois tins).
Resolvido
o mistério do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem
de matéria, resta o triz. O Aurelião não nos ajuda. "Triz", diz ele,
significa por pouco. Sim, mas que pouco? Queremos algarismos, vírgulas, zeros,
definições para "triz". Substantivo feminino. Popular.
"Icterícia."
Triz quer dizer icterícia. Ou teremos que mudar todas as nossas teorias sobre o
Universo ou teremos que mudar de assunto. Acho melhor mudar de assunto. O
Universo já tem problemas demais.
VERÍSSIMO,
Luis Fernando. Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001.
3) Levando em consideração o texto “Tintim”, de
Luis Fernando Veríssimo, e a forma de organização do discurso em narração,
descrição e exposição, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso e assinale
a alternativa correta.
( ) “Durante alguns anos, o
tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer aquilo? Imaginei que
fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que sobrevivera ao sistema
métrico, como a braça, a légua, etc.”. A forma de organização do discurso que
prevalece no trecho é a narração.
( ) “É verdade que, se
tivesse me dado o trabalho de olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância
não teria durado tanto. Mas o óbvio, às vezes, é a última coisa que nos ocorre.
Está no Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que evoca o tinido das moedas.”
A forma de organização do discurso que prevalece no trecho é a descrição.
( ) “Resolvido o mistério
do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem de matéria,
resta o triz. O Aurelião não nos ajuda. "Triz", diz ele, significa
por pouco. Sim, mas que pouco? Queremos algarismos, vírgulas, zeros, definições
para "triz". Substantivo feminino. Popular”. A forma de organização
do discurso que prevalece no trecho é a descrição.
( ) “Originalmente,
portanto, "tintim por tintim" indicava um pagamento feito minuciosamente,
moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no Brasil, tiniam, ao
contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem ruído. Numa
investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim ficaríamos
tinindo sem parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito”. A forma de
organização do discurso que prevalece no trecho é a exposição.
a) V, V, F, F
b) F, V, V, V
c) V, F, F, V
d) F, V, F, F
4) O texto a seguir, de Eduardo Galeano, apresenta a
vida difícil de um menino paquistanês.
Mão de obra
Mohammed Ashraf não vai à escola. Desde que sai o sol
até que a lua apareça, ele corta, recorta, perfura, arma e costura bolas de
futebol, que saem rodando da aldeia paquistanesa de Umar Kot para os estádios
do mundo.
Mohammed tem onze anos. Faz isso desde os cinco. Se
soubesse ler, e ler em inglês, poderia entender a inscrição que ele prega em
cada uma de suas obras: Esta bola não foi fabricada por crianças.
GALEANO, Eduardo. Bocas
do tempo. Tradução de Eric Nepomuceno. Porto Alegre: LEPM, 2004.
p.64.
No
primeiro parágrafo do texto, observamos que há:
a)
dois períodos, um simples e um composto.
b)
duas frases, uma nominal e uma verbal.
c)
duas orações no primeiro período.
d)
mais de nove orações no segundo período.
5) Leia.
O homem e o seu espelho
Cecília Meireles
Vou contar uma história que
parece da Carochinha. Era uma vez, por esses Brasis, um pobre homem que vivia
numa pobre choupana. No meio de tanta pobreza, o homem possuía um tesouro:
possuía um grande espelho, muito claro e luminoso. Como o teria arranjado, não
me disseram: pertencera, talvez, a algum antepassado rico, ou resultara de
alguma barganha, ou caíra da Lua (tal a sua claridade), embora, na verdade, se
tratasse de um espelho de Veneza.
Vivia, pois, o pobre homem com o
seu formoso espelho pendente de um prego na parede de barro da habitação, que
se enchia de luz com o reflexo dos dias e das noites na sua superfície.
Mas
um dia o pobre homem adoeceu gravemente. Como as ervas e benzeduras já não
produzissem nenhum efeito, foi preciso (muito a contragosto) chamar um médico.
E o médico chamado era um coração de santo, com certeza, mas também uma alma de
artista. E além disso, um colecionador de antiguidades.
Veio, pois, o médico e a primeira
coisa que viu – Deus lhe perdoe! – não foi o doente, mas o seu espelho,
cintilante e límpido. E começou a tratar do homem. Honra lhe seja feita que o
tratava com a maior dedicação. Mas pensava no espelho. Não falava nisso, porém,
porque o homem estava muito mal, e o tempo não era para conversa.
O tratamento foi longo e difícil.
Mas o médico empenhava-lhe em salvar o pobre homem, de cuja família ninguém
tinha notícias. O homem não tinha mesmo outra família além do seu espelho.
Passam-se os dias, o homem
melhora, levanta-se, põe-se a andar e a conversar. Conversa vai, conversa vem,
o médico pergunta-lhe se não quer vender aquele espelho. Para que conservá-lo
naquele prego, exposto a cair de repente, a transformar-se em pó impalpável?
Com o dinheiro daquele espelho poderia viver muito tempo, sem precisar
trabalhar, ele, que andava tão fraco...
O homem considerou aquelas
palavras do médico, na sua solidão, no fundo desses Brasis, ainda inocentes e
meigos, e delicadamente se recusou a fazer qualquer negócio. Os pobres
sentimentais são assim: têm vergonha de falar em dinheiro. O dinheiro
assusta-os como uma coisa indigna, imoral.
O médico era uma pessoa direta:
oferecia ao seu cliente um preço adequado. (Nem ele imaginaria que o espelho
valesse tanto!) Procurou convencê-lo da honestidade de seus propósitos: amava
aquele espelho desde que o vira pela primeira vez. Na verdade, a conversa
parecia um pedido de casamento. O preço era outra história: mas não se discutia
o preço.
Então, o homem já acostumado ao
convívio do médico, com uma sinceridade de pessoa honesta (acostumada a viver
diante de um espelho) confessou-lhe a causa de tanta relutância: “É que quando
eu olho para este espelho, doutor, vejo a minha cara repetida cinquenta vezes!”
Era mesmo assim: entre a larga
superfície de cristal e a moldura, o espelho possuía como um cordão de pequenos
hemisférios convexos, que multiplicavam a imagem refletida. O homem dera-se ao
trabalho de contar: a imagem repetia-se, na verdade, cinquenta vezes.
Ora, eu também fiz como todo
mundo e fui ver como ficava meu rosto, nessa multiplicação. E aconteceu-me o
imprevisto: quando me fixei naquela sucessão de espelhinhos convexos, que de
longe pareciam bolinhas em relevo, encontrei não o meu, mas o rosto do antigo
dono (que eu nem sei como era!) com esse ar um pouco de saudade e um pouco de
sabedoria e renúncia que antigamente se encontrava na boa gente humilde desses
Brasis.
Mas o que não consegui saber é
por que o antigo dono do espelho gostava tanto de se ver refletido cinquenta
vezes. Pesava-lhe a solidão de tal maneira que se consolasse com seu próprio
reflexo, naquele abandono em que vivia? Conversaria com a sua imagem? Contaria
a si mesmo, como a um amigo íntimo, suas melancolias e esperanças? Que diria
aquele homem ao seu retrato multiplicado? O que não ousaria jamais dizer ao
melhor amigo? (Os espelhos têm essa propriedade maravilhosa de nada reterem, de
nada escravizarem. Refletem todas as confidências, e logo as apagam. Sabem
guardar segredos.)
In: PERSUHN, Janice J. Escrevivendo:
comunicação e expressão. São Paulo: Editora do Brasil, 1980, p. 192.
Assinale
a alternativa em que o termo destacado não é o sujeito da oração.
a) “No meio de tanta pobreza, o homem possuía um
tesouro.”
b)
“Veio, pois, o médico, e a primeira coisa que viu...”
c)
“Não falava nisso, porém, porque o homem estava
muito mal...”
d)
“Mas o médico empenhava-‐se em salvar o pobre homem...”
6) Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: <http://www.maiszero.com/2011/06/charge-dofacebook.html>. Acesso em: 10 nov. 2013. |
Em “Mamãe também tem muitos amigos imaginários”, a palavra em destaque assume, sintaticamente, a função de
a)
substantivo.
b)
sujeito.
c)
predicado.
d)
complemento.
7) Analise o seguinte trecho: “Carlos Henrique, venha para dentro. Está na hora do jantar. Lave as mãos e venha para mesa.”.
Em
relação ao fragmento analisado, é correto afirmar que é composto por:
a) 5
orações e 3 frases.
b) 3
frases e 3 orações.
c) 4
frases e 4 orações.
d) 3
frases e 4 orações.
8)
Leia o cartum.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios
No
segundo quadro do cartum, o sujeito do verbo “conseguiram” é:
a)
oculto ou desinencial.
b)
indeterminado.
c) inexistente.
d) os
cientistas.
9) Leia
a anedota de Ziraldo e indique a opção que corresponde aos tipos de predicado
presentes na fala atribuída à professora, obedecendo à ordem em que eles
aparecem no texto.
A inspetora da escola estava visitando
todas as turmas quando o Juquinha levou um tombo no corredor e berrou todos os
palavrões que conhecia.
Escandalizada,
a inspetora perguntou:
-
Onde essa criança aprendeu tanto palavrão?
E
a professora, muito sem graça:
-Aprendeu
nada! Isso é dom natural.
Fonte: Ziraldo. Mais
anedotinhas do Bichinho da Maçã. 10 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1993. p.
10-11.)
a) Predicados
nominal e verbal.
b) Predicados
verbal e nominal.
c) Predicados
verbal e verbo-nominal.
d) Predicados
verbo-nominal e verbal.
10) Leia com atenção e faça o que se pede
Na língua portuguesa, predicado
é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Na expressão “você é louco”,
temos predicado nominal porque
a) a palavra louco é predicativo do sujeito, ou seja, o verbo “ser” expressa
apenas o estado do sujeito e não uma ação.
b) o verbo “ser” representa todos os verbos que
estão no primeiro quadrinho.
c) verbo “ser” é sinônimo do verbo “estar”
empregado no primeiro quadro.
d) o sentido das palavras blog e Orkut também é
completado pelo verbo “ser”.
11) Leia o seguinte fragmento.
A minha velha tábua de cortar
temperos era de madeira e foi adquirida na loja do Alcides Zuanazzi. Rachou-se
ao meio a tábua, tal como aconteceu com a gamela onde eu dava de beber à minha
fauna íntima. [...]
Em vinte anos de convivência
ficamos tão parecidas, eu e a tábua; ela vincada dos cortes de faca por conta
das hortas de temperos e legumes que teve que aparar, e eu vincada dos caminhos
que a Via Láctea percorreu em mim."
BOCHECO, Eloí E. Pedras soltas.
Florianópolis: UFSC, 2006, p. 107.
Sobre
os elementos essenciais da oração,
a) o
sujeito da primeira oração do texto é “a minha velha”.
b)
“era de madeira” é predicado verbo-nominal.
c)
“rachou-se ao meio a tábua” é uma oração com predicado verbo-nominal.
d)
“ficamos tão parecidas” é um predicado nominal.
12)
Fonte: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/.
Acesso em: 19 ago. 2019.
Considerando o 1º quadrinho da tirinha, o termo o Instagram, na organização sintática da oração, funciona como:
a)
verbo.
b) predicativo.
c)
complemento verbal.
d) sujeito.
13) Leia o seguinte trecho.
Gripado, penso entre espirros em como a
palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da
Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus
propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo
derivado do latim medieval influentia, que significava
“influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal
do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse
referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
(RODRÍGUES, S. Sobre palavras. Veja, São Paulo. 30 nov. 2011)
Para se entender o trecho como uma unidade de
sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Uma
das formas de se obter a coesão é através da elipse, ou seja, omissão de um
termo claramente subentendido. Identifique o fragmento do texto em que um
sujeito não está expresso na oração, mas pode ser identificado pelo contexto
comunicativo.
a)
"[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de
contágios entre línguas.”
b)
"Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c)
“O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia”
d)
“Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o
vírus se apossa do organismo infectado.”
14) Os
seis períodos abaixo constituem um parágrafo de introdução para um texto
dissertativo-argumentativo acerca da preocupação ecológica na atualidade.
Ordene-os e marque a alternativa com a sequência mais coerente.
(A) Entre os fatores responsáveis por esse quadro,
encontram-se a ganância de grandes empresas, o descaso de muitos governos e a
falta de consciência do cidadão comum.
(B) Poluição das águas.
(C) Felizmente, no entanto, nem tudo está perdido,
pois ganha espaço no mundo a preocupação com as questões ambientais.
(D) Destruição da camada de ozônio.
(E) Tais têm sido alguns dos problemas ecológicos
mais frequentes dos últimos tempos.
(F) Lixo não biodegradável.
a)
E, D, F, B, A, C
b)
B, D, F, E, A, C
c)
F, D, B, A, E, C
d)
D, F, B, C, E, A
15)
Na última semana, o governo Dilma recebeu uma boa e uma má notícia. A boa foi a
lista do procurador-geral Rodrigo Janot que, ao pedir inquéritos contra os
presidentes das duas casas legislativas, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o
senador Renan Calheiros (PMDB-AL), fez com que a crise da Lava Jato
atravessasse a rua e mudasse de endereço, migrando do Palácio do Planalto para
o Congresso Nacional. A má foi a descoberta de como ambos podem reagir, agora
que se sentem atingidos por uma suposta manobra que atribuem ao ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo – na visão de Cunha e Calheiros, ele teria
influído na “lista de Janot”.
ATTUCH, Leonardo.
Disponível em:
<http://istoe.com.br/407943_A+LISTA+DE+JANOT+E+A+ECONOMIA/>. Acesso em 17
ago. 2020.
Com
relação à forma de introdução utilizada no trecho do artigo de opinião
anterior, considere as seguintes afirmações:
I-
Trata-se
de introdução por divisão de ideias.
II-
No
Texto, Palácio do Planalto se relaciona semanticamente com governo Dilma, e
Congresso Nacional com Eduardo Cunha e Renan Calheiros.
III-
As
palavras “boa” e “má” marcam uma definição utilizada para introduzir o texto.
IV-
A
introdução do texto lança mão de frases nominais como forma de ilustrar o caos
no cenário político brasileiro.
Está
CORRETO o que se afirma em:
a) I
e III.
b) I
e II.
c) I,
III e IV.
d) I, II e III.
GABARITO? Deixe um comentário com o seu e-mail, que enviaremos a correção para você!
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