Graciliano Ramos é um dos grandes nomes da literatura brasileira. Esse autor é dono de contos e romances marcantes que continuam bem vivos e são essenciais para compreender as particularidades do país, especialmente do povo da região Nordeste.
Vida:
Graciliano Ramos nasceu em 27 de outubro de 1892, em Quebrangulo, no estado de Alagoas. Passou sua infância em várias cidades do Nordeste, o que influenciou a ambientação de suas obras. Antes de se tornar escritor, Graciliano trabalhou em diversas ocupações, incluindo jornalista e comerciante. Em 1928, foi nomeado prefeito de Palmeira dos Índios, onde se destacou por sua administração austera e eficiente. Mais tarde, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se dedicou à literatura e trabalhou como diretor da Imprensa Oficial. Por sua atuação política foi preso durante o Estado Novo, ocasião na qual conheceu Olga Benário.
Obra:
Graciliano é conhecido por seu estilo sóbrio e introspectivo. Ele escreveu vários romances aclamados, entre eles:
1. "Caetés" (1933): Seu romance de estreia, que aborda temas como desilusão e decadência.
2. "São Bernardo" (1934): Uma das suas obras mais famosas, narra a história de Paulo Honório, um homem obcecado pelo poder e patrimônio, evidenciando os conflitos de classe e poder no Nordeste.
3. "Angústia" (1936): Trata-se de um romance introspectivo e psicológico que explora a vida de um personagem consumido pela solidão e os sentimentos de inferioridade.
4. "Vidas Secas" (1938): Talvez sua obra mais celebrada, representa a luta de uma família sertaneja contra a seca e a pobreza no Nordeste brasileiro. Este livro é frequentemente estudado nas escolas por seu retrato brutal e poético da vida sertaneja.
5. "Memórias do cárcere" (1953): Relata as experiências vividas na prisão entre 1936-1937. O livro foi lançado sem o último capítulo, pois o autor morreu antes de terminar a obra.
Além destes, Graciliano escreveu contos e memórias, como "Infância" (1945), que oferece uma visão de sua própria juventude e as dificuldades enfrentadas.
Graciliano Ramos faleceu em 20 de março de 1953, mas seu impacto na literatura brasileira é eterno. Suas obras são fundamentais para entender a condição humana e social do Brasil, especialmente do Nordeste.
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