17.8.25

Prova de revisão de Língua Portuguesa

Vinte (20) questões de revisão que podem ser usadas em um teste de Língua Portuguesa para os anos finais do ensino fundamental. Essas questões abordam uma variedade de tópicos, incluindo gramática, interpretação de texto e ortografia.

Questões de Interpretação de Texto

Passagem, travessia, acrobacia sem rede 
Fernando Almada

Médico psicanalista escreve livro sobre adolescência! Não foi o primeiro nem será o último. O curioso é que um dos nossos jornais, ao anunciar o lançamento da obra, pescou e destacou esta afirmação: o processo adolescente marca a transição do estado infantil para o estado adulto. 

Santa questão, doutor. Agora ficou claro, claríssimo. Tirando os pés da infância, mas os braços ainda não chegam do lado de lá, o estado adulto. 

Vivemos uma situação provisória, a infância. E vamos entrar em outra fase transitória. Do estado infantil para o estado gasoso, a adolescência. Tudo continua passageiro e provisório. 

A gente faz parte de dois mundos e come o que está frio, pelas beiradas da infância e da fase adulta. Você não é mais, mas você ainda não é. 
— Você não é mais criança para fazer essas coisas! 
— Você ainda não tem idade para fazer isso! 
— Você não acha que já está grandinho...
— Você acha que já virou gente grande? 

Haverá sempre aquela mão adulta querendo empurrar uma colher de mingau pela sua boca adentro, o mingau que você não quer. Argh! Ou afastando de você o prato de mingau que você tem vontade de comer. Ufa! 

Adolescência é descoberta, aliás, descobertas, no mais amplo e possível plural. Deixe de lado as chatices da fase, e leve em conta o que acontece com seu corpo e seu espírito. Pense nisso. Viva todos esses milagres com máximo de curiosidade, atenção e informação. Viva com a alma aberta para o novo. 

Até agora, você queria conhecer os porquês das coisas existentes. Daqui para a frente, acrescente outra pergunta: 

Por que não? 

Sonhe, então, com coisas que jamais existiram. Se quiser e souber, você pode inovar para o seu bem e o bem comum, agora e no futuro, se você conseguir preservar esta atitude: por que não? 

Nunca a humanidade precisou tanto de gente que pergunte assim: por que não? 

Durante a adolescência, você vive emoções de primeiras vezes com muito mais frequência do que em qualquer outra etapa da vida. Em tanta coisa. Boas surpresas. Decepções.[...] 

Adaptado de ALMADA, Fernando. Frankensteen: retalhos da adolescência. São Paulo: moderna, 1996, p. 60 e 61.


1. Leia o texto e identifique a ideia principal do primeiro parágrafo.  

2. Qual é a opinião do autor sobre o tema apresentado no texto? Cite trechos que sustentam sua resposta.

3. Que elementos do texto indicam o público-alvo? Explique sua resposta.

4. Como o título do texto se relaciona com a mensagem principal?

5. Identifique uma figura de linguagem presente no texto e explique seu efeito.

Questões de Gramática

6. Transforme as frases abaixo de ativa para passiva.

7. Identifique e classifique as orações subordinadas nas frases a seguir.

8. Complete as frases com o tempo verbal correto (pretérito ou futuro do subjuntivo).

9. Quais são os tipos de pronomes existentes na língua portuguesa? Dê exemplos.

10. Reescreva as frases substituindo as palavras destacadas por pronomes adequados.

Questões de Ortografia e Pontuação

11. Corrija as palavras grafadas incorretamente nas frases seguintes.

12. Preencha as lacunas com as formas corretas: "mas" ou "mais".

13. Adicione a pontuação correta nas seguintes orações.

14. Explique a diferença de uso entre "a", "há" e "à".

15. Identifique palavras homônimas nas frases e explique seus significados.


Questões de Análise Sintática

16. Analise sintaticamente as frases, identificando sujeito, predicado e complementos.

17. Diferencie predicativo do sujeito e predicativo do objeto nas frases abaixo.

18. Identifique os tipos de sujeito nas orações fornecidas.

19. Nas frases a seguir, destaque os adjuntos adverbiais e explique suas funções.

20. Encontre a locução verbal nas frases e explique seu significado/uso.

16.8.25

Aula sobre Vozes Verbais

Nesta postagem iremos abordar as vozes verbais, algo super importante para ajudar nossos alunos a entenderem como as ações ocorrem dentro das frases.


Existem três vozes verbais principais:

1. Voz Ativa: Aqui, o sujeito é quem realiza a ação. Exemplo: "O professor corrigiu a prova". Nesse caso, o professor (sujeito) é quem faz a ação de corrigir.

2. Voz Passiva: Na voz passiva, o sujeito sofre a ação, ou seja, ele não é ativo. Geralmente, usamos essa voz para destacar a ação ou quem a recebe. Exemplo: "A prova foi corrigida pelo professor". Aqui, a prova é o sujeito que recebe a ação.

3. Voz Reflexiva: Nesta voz, o sujeito realiza e, ao mesmo tempo, recebe a ação. Exemplo: "O aluno se elogiou". Nesse caso, o aluno é quem faz e quem recebe o elogio.

Para trabalhar isso com os alunos, proponha algumas atividades de transformação de frases entre as três vozes. Assim, eles vão começar a perceber as diferenças e, claro, treinar a escrita e análise sintática. Também é interessante trazer exemplos do cotidiano deles para tornar o aprendizado mais relevante.

A seguir, postamos um roteiro com sugestão de diversas atividades e exercícios para aplicar na sala de aula. Eles podem ser adaptados tanto para o Anos finais do Ensino Fundamenta, quanto para o Ensino Médio.



Exercícios de Vozes Verbais

1. Identificação: Leia as frases e identifique qual é a voz verbal (ativa, passiva ou reflexiva).

   - O cachorro foi adestrado pelo treinador.
   - A aluna arrumou seu quarto.
   - Eles se abraçaram no reencontro.

2. Transformação: Transforme as frases da voz ativa para a voz passiva.

   - O artista pintou uma bela paisagem.
   - As crianças recolheram os brinquedos.
   - A cozinheira preparou o jantar.

3. Transformação: Transforme as frases da voz passiva para a voz ativa.

   - A música foi tocada pela banda.
   - O livro foi lido pela turma.
   - O bolo foi feito por Ana.

4. Complete as frases na voz reflexiva utilizando os pronomes adequados.

Ele _____ viu no espelho.
Nós _____ queremos bem.
Eles _____ machucaram durante o jogo.

5. Criação: Crie três frases em voz ativa, três em voz passiva e três em voz reflexiva.

6. Análise de Texto: Leia um pequeno texto e sublinhe as frases em voz ativa, passiva e reflexiva.

7. Correção: Reescreva as frases, corrigindo as vozes verbais conforme necessário.
   
- O prato foi comido por o gato.
- A carta foi escrita pelo ela.

8. Classifique as frases em voz ativa, passiva ou reflexiva.
   
- O menino se cortou com a faca.
- A decisão foi tomada por unanimidade.
- Os alunos apresentaram o trabalho.

9. Complete a Parte Faltante: Dada a frase na voz ativa, complete a parte faltante na voz passiva.
   
- O professor corrigiu a lição. -> A lição __________ corrigida pelo professor.


10. Jogo de Vozes: Trabalhe em duplas. Um aluno escreve uma frase na voz ativa, e o outro deve transformá-la para a voz passiva e vice-versa.

11. Quebra-Cabeça de Voz Verbal: Encontre e una o sujeito, verbo e complemento para formar frases em diferentes vozes verbais.

12. Caixa Misteriosa: Cada aluno retira uma frase de uma caixa e deve transformá-la da forma solicitada (ativa, passiva ou reflexiva).

13. Correção de Texto: Dê aos alunos um texto com erros de voz verbal e peça que o corrijam.

15.8.25

Entrevista exclusiva com a escritora e historiadora, Mary del Priore

Confira, a seguir, uma entrevista para lá de especial com a Historiadora e autora best-seller, Dra. Mary del Priore concedida ao blogue Acrópole.


AC - Professora Mary, você é uma das referências mais importantes para os estudos sobre História do Brasil. Poderia nos contar como surgiu sua paixão pela pesquisa histórica e um pouco de sua trajetória acadêmica e profissional?

Mary del Priore - A história entrou em mim através dos livros. Eu não estudava, lia. Criança solitária e semi-interna no Colégio Sion, comecei a ler muito cedo, sobretudo a literatura infanto-juvenil que misturava aventuras e viagens. Viajar no tempo se tornou uma mania, um hábito, um prazer. No colégio, a única matéria em que me destacava era História. Como muitas mulheres da minha geração, logo abandonei a faculdade para me casar. Só pude voltar depois de três filhos. Aliás, cresci, estudando com eles. Passei no vestibular da PUC/SP onde tive excelentes professores, mas sob o império dos estudos marxistas. Eu frequentava a Livraria Francesa, no centro de SP, onde adquiria livros de historiadores das mentalidades que estavam revolucionando o fazer-história. Eu queria fazer “outra história” e não a que ouvia na faculdade. Por isso, optei pelos pós na USP onde tive a sorte de ter excelente orientadora: Maria Luiza Marcilio. Logo no primeiro ano, ganhei um concurso da OEA para um curso na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. A experiência me tornou ainda mais determinada a buscar meus próprios caminhos, sem entrar em caixinhas ideológicas. Passei em 1º. lugar num concurso para História do Brasil Colônia e durante 12 anos lecionei na História da FFLCH/USP. Adorava os alunos, mas sentia que a burocracia me sufocava. Deixei a USP com um projeto: fazer história para todos. Os prêmios se sucederam. Recebi mais de vinte, inclusive quatro Jabutis por livros que nunca teria escrito numa trajetória acadêmica. Afinal, estava fazendo o que queria: história com prazer. Ao mudar para o Rio, lecionei brevemente na PUC e na Universidade Salgado de Oliveira. Sim, sinto falta de alunos e colegas com quem sempre renovei meu aprendizado. Mas compenso na companhia de protagonistas de outrora, homens e mulheres do passado, que seguem me dando lições.


AC - Quais autores e obras lhe exerceram maior fascínio? 

Mary del Priore - Indiscutivelmente Gilberto Freyre e seus três clássicos, Casa Grande e SenzalaSobrados e MucambosOrdem e Progresso. Na graduação da PUC, passamos anos em torno de dois ou três autores que explicavam o passado por meio do modo de produção. Que simplificação, que tédio. O passado é tão complexo, os arquivos brasileiros tão inéditos e ricos, o Brasil tão grande e suas realidades sociais tão diversas, como não ser arrebentada por uma prosa cheia de saber e alegria contida na escrita de GF? Ele falava de tudo que me interessava: vida cotidiana, sexualidade, cozinha, mestiçagem, trabalho, natureza, trocas culturais, enfim, relações humanas vivas. Aqueles eram livros escritos com o prazer que eu queria dar, desde então, a quem me lesse. O mais bizarro é que, na graduação da PUC, a patrulha ideológica, perseguia e lacrava quem lesse GF, o que o tornava tão mais proibido quanto atraente. Tínhamos um pequeno grupo de leitura e enfrentávamos com bom humor o climão pesado de alguns cursos. Leio sempre com renovado prazer a trilogia de GF. E antes que venha nova lacração, é sempre bom lembrar: ele nunca jamais falou em “democracia racial”.


AC - Quais são os maiores desafios que você enfrentou enquanto Historiadora? Considera que ainda falta reconhecimento e mais espaço no mercado para os profissionais da história? 

Mary del Priore - Confesso que tive muita sorte, pois, não basta ter talento ou paixão pelo oficio. É necessário que as condições de trabalho ajudem. Tudo me favoreceu. Nos anos 90, na USP, pude dar o curso que quisesse e tive alunos maravilhosos, hoje espalhados pelas federais e estaduais do Brasil. Era a época de cobrar produtividade dos professores e nada me alegrava mais do que escrever: livros, artigos, resenhas. Professores estrangeiros vinham para cá, centenas de clássicos eram traduzidos, e também muitos de nós puderam fazer pesquisas em Portugal, ou no meu caso, França. Os editores me encomendavam um livro atrás do outro. Uma geração se formou no melhor momento das Ciências Humanas. .

Hoje, sem dúvida falta espaço e reconhecimento para profissionais de história fora do próprio meio. Mas precisamos analisar o porquê. Eu diria que o isolamento dentro dos Departamentos e “a história do pequeno jardim”, como a denominou meu querido amigo Ronaldo Vainfas, deixaram passar na frente jornalistas e ficcionistas que escrevem sem enrolar a língua, como faz a maior parte dos acadêmicos. Há, porém, brechas para respirar. As efemérides são sempre ocasião de mostrar o trabalho de muitos, sem contar que a internet facilitou a divulgação de pesquisas, artigos e teses. Mas no cômputo geral, são pouquíssimos os historiadores presentes na vida pública. A sua falta de visibilidade incentiva a apropriação da História por outros atores da cultura: diretores de cinema e novelas, influencers e pseudo-professores fakes na Internet. Daí a importância da dita “história pública”, cujo objetivo é o de valorizar o próprio ofício ou os colegas.

Mas também ocorreram problemas em nível teórico. Entre os anos 80 e 90, as Ciências Humanas entraram numa crise teórica e política. Numa espécie de revanche, a teoria da desconstrução cancelou o estruturalismo. Vários teóricos passaram a desqualificar a significação do discurso cientifico e sua capacidade de ter um sentido objetivo. Nos tornamos ciências puramente interpretativas. No século XXI, certa radicalidade identitária e a ideologia do cancelamento aceleraram a fragmentação de nosso oficio. Nesse quadro, a “uberização” de jovens historiadores doutores é visível. Desempregados ao final da pós-graduação, eles lutam para sobreviver com bicos e se esfalfam em trabalhos díspares, constituindo uma espécie de proletariado profissional sem grandes perspectivas.


AC - Vários de seus livros, como as publicações da tetatrologia "Histórias da gente brasileira", tornaram-se sucesso de venda. Num país onde a memória coletiva e a História são pouco valorizadas, como explica a grande demanda e procura pelos seus livros?


Mary del Priore - Explico: não são livros acadêmicos. Ao contrário. Meu leitor é gente comum, profissionais de outras áreas, amantes de História. Procurei ligar temas nascidos da farta produção historiográfica com assuntos que interessam à sociedade: trabalho, casamento e família, doença e morte, enfim, tudo o que ilustra e dá a ver o cotidiano de nossos antepassados. E procuro fazê-lo literalmente através de textos saborosos, que transportam o leitor a outros tempos, sem esmagar a narrativa com teorias e conceitos. A tetratologia Histórias da Gente Brasileira irá ao ar em julho no Canal History Channel com entrevistas com vários especialistas nossos conhecidos. A facilidade de leitura dos livros que escrevo me tornaram consultora de vários diretores de cinema, autora de obras institucionais ou palestrante em clubes, academias ou órgãos públicos. Não sou a única. Temos colegas que navegam entre o jornalismo e publicações como Jorge Caldeira e Eduardo Bueno. E outros ainda, como Christian Linch e Heloisa Starling que, em colaboração com meios de comunicação, nos explicam magnificamente como e porque o Brasil derivou para a extrema Direita. Ainda que o grosso da população desconheça ou não se interesse por história, ela é um produto cultural como outro qualquer. Como torna-lo atraente? Falando, não apenas PARA, mas COM o povo brasileiro.

AC - A reforma do Ensino Médio tem preocupado pesquisadores, professores universitários e docentes da educação básica devido à redução da carga horária de várias disciplinas, inclusive das Ciências Humanas e Sociais. Como a senhora vê o ensino de História na educação básica como um todo? Com a perda de espaço do ensino de História nas grades Curriculares, quais seriam os prejuízos para os jovens e a sociedade?

Mary del Priore - E a preocupação tem razão de ser. Todos sabemos que uma sociedade aberta e democrática, tem necessidade da reflexão que a História e as Ciências Humanas trazem. Temos recursos intelectuais para abrir o debate das questões de fundo, sem nos contentarmos com soluções cosméticas? Resposta: sim. Mas, essa disposição esbarra em questões que, sabemos, estruturais. A primeira delas é o compromisso da sociedade com a educação. Não se pode esperar que todas as soluções venham de cima, ou do Executivo seja lá quem o exerça. A aliança entre sociedade e educadores – como já mostrou o sociólogo Pierre Bourdieu – é essencial. Quantas vezes conseguimos colocar gente na rua, em passeatas por melhores condições de ensino, bibliotecas, respeito aos educadores? Se bem me lembro, ao final da Ditadura. Mas para pedir mais espaço para blocos de Carnaval, milhares acorrem. A família, seja monoparental, nuclear, etc., tem que se comprometer com o ideal da escolarização e letramento de seus filhos. E não basta levar até a porta da escola. É preciso valorizar por palavras e ações, seu comprometimento com a vida escolar. No caso da História, também. Valorizar o passado, os lugares de memoria da cidade onde se mora, criar projetos que valorizem os ancestrais, visitar museus e sobretudo, demonstrar respeito ao assunto é fundamental. As séries de tv e livros de história infanto-juvenil estão investindo, ainda que timidamente no filão. Acabei de fazer um livro com Mauricio de Souza onde virei personagem da Turma da Monica, contando sobre a Independência do Brasil. Vamos todos aproveitar a onda.

A segunda barreira me aparece mais difícil. Trata-se da revolução tecnológica em que estamos submergindo sem nos darmos conta. Quem não tem celular, hoje em dia? São 242 milhões de celulares inteligentes em uso no país, que tem pouco mais de 214 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE. A pesquisa mostra ainda que, ao adicionar notebooks e tablets, os aparelhos resultam em 352 milhões de dispositivos portáteis, o equivalente a 1,6 por pessoa. De acordo com prognósticos de especialistas, o futuro de certa forma caótico e até mesmo catastrófico, é um cenário onde todas as inteligências artificiais vão interagir com dados de qualquer fonte em todo tipo de situação para criar novos conhecimentos. E ele foi escancarado pelo ChatGPT. Temos que parar de fingir que não vemos as Ciências Humanas perderem seu lugar frente à tecnologia. E começar a pensar em como interagir com as mudanças.

AC - Atualmente, a senhora está trabalhando em algum projeto editorial ou desenvolvendo novas pesquisas? Se possível, poderia falar um pouco sobre os projetos e novas obras que estão por vir?

Mary Del Priore - Esse ano pretendo me dedicar mais ao Clube da História, um canal no Youtube sem pretensões, mas que buscar promover os colegas que tem dificuldade de divulgação de seus trabalhos. Também, vou oferecer um curso sobre meu livro Histórias Íntimas que, depois de vender mais de cem mil exemplares será relançado em abril. Acredito que discutir a sexualidade dos brasileiros é importante, uma vez que as pautas morais estão na ordem do dia. No segundo semestre, será lançado Memórias de uma família imperial – os Bragança no exílio. Poucos conhecem o destino da princesa Isabel e seus filhos, depois do golpe republicano. Faço revelações inéditas sobre o cotidiano de uma família que, apesar de coroada, viveu suas tensões, dificuldades e perdas como quaisquer humanos mortais.

Apesar do cenário não ser luminoso, não desisto da História. Todos que amamos História temos que nos ajudar, nos escutar e dar as mãos para levar o melhor de nosso ofício para o maior número de pessoas.

10.8.25

Teste simulado para o ENEM

Você, estudante, que está se preparando para o ENEM está procurando simulados e exercícios gratuitos para testar os seus conhecimentos? Então, aqui está um teste que irá te ajudar a fazer a revisão de Língua Portuguesa. 

1. (ENEM) Leia o fragmento abaixo.

“A construção do raciocínio lógico é essencial para o desenvolvimento humano e nos acompanha em nosso cotidiano, seja na resolução de problemas matemáticos ou na tomada de decisões práticas.”

A frase acima justifica a importância do:
a) Lazer na formação educacional.  
b) Raciocínio lógico na vida cotidiana.  
c) Ensino da arte nas escolas.  
d) Estudo de línguas estrangeiras.  
e) Contexto histórico.  

2. Assinale a alternativa que apresenta erro de concordância verbal:

a) Houve muitas discussões durante a palestra.  
b) Fazem duas semanas que eles chegaram.  
c) Devem haver boas ideias na reunião.  
d) Vão fazer três anos que isso aconteceu.  
e) Havia várias pessoas na fila.  

3. Complete a frase com a opção correta:

Caso eu __________ ao evento, levarei minha câmera.

a) Venho  
b) Vim  
c) Vier  
d) Viram  
e) Vinha  

4. Na frase “Maria e João foram ao cinema, mas o filme não lhes agradou”, a conjunção “mas” indica:

a) Alternativa  
b) Explicação  
c) Condição  
d) Adição  
e) Oposição  

5. Assinale a opção em que a palavra "costa" está sendo utilizada corretamente:

a) A costa está suja e precisa ser limpa.  
b) As costas dele doem do esforço físico.  
c) Ele encostou o carro no acostamento.  
d) A costa do vestido está rasgada.  
e) Viajaram para a costa do país.  

6. (ENEM) O humor no trecho “Quando eu era pequeno, não gostava dos meus pais; hoje, entendo que tenho sorte por tê-los” reside:

a) Na falta de lógica da argumentação.  
b) Na mudança de percepção com a maturidade.  
c) Na oposição da infância com a velhice.  
d) No exagero da situação apresentada.  
e) Na crítica aos valores familiares.  

7. Qual é o sujeito da frase: “Fazem três anos que nos mudamos”?

a) Três anos  
b) Que nos mudamos  
c) Fazem  
d) Não tem sujeito  
e) Nos mudamos  

8. “Se ele viesse aqui, nós __________ muito.”

a) Pupilaríamos  
b) Pulsaríamos  
c) Pudéssemos  
d) Poliríamos  
e) Conversaríamos  

9. Indique a alternativa que contém uma figura de linguagem de personificação:

a) O vento sussurrava durante a noite.  
b) A cidade é uma selva de pedra.  
c) Ele é forte como um touro.  
d) Falou aos quatro ventos.  
e) A saudade é um barco sem porto.

10. Assinale a opção que apresenta erro de regência verbal:

a) Ele assiste ao jogo com frequência.  
b) Eles preferem mais este do que aquele.  
c) Logo pagaremos o carro novo.  
d) Quero que você assista a filme.  
e) Vou implicar com ele se voltar.  

11. Qual é o efeito de sentido da expressão "se estiver 'em cima do muro'"?

a) Incerteza  
b) Decisão  
c) Convicção  
d) Coragem  
e) Clareza  

12. Leia o fragmento: “A menina, que estava cansada, dormiu logo.”

A expressão "que estava cansada" é uma:

a) Oração coordenada adjetiva  
b) Oração subordinada adjetiva explicativa  
c) Oração subordinada adverbial  
d) Oração coordenada sindética  
e) Oração subordinada substantiva  

13. A função de linguagem predominante no trecho: "Você já lavou suas mãos hoje? Lavar as mãos protege contra doenças!" é:

a) Emotiva  
b) Referencial  
c) Metalinguística  
d) Conativa  
e) Fática  

14. Aponte a alternativa em que a palavra “por que” está correta:

a) Não sei o por que de tanta demora.  
b) Ele me explicou porque não veio.  
c) Você sabe o porquê ele partiu?  
d) Não sei por que ele não veio.  
e) Não há porquê tanta confusão.  

15. No período “O aluno pediu que o professor explicasse novamente”, a oração destacada é:

a) Oração subordinada substantiva subjetiva  
b) Oração subordinada adverbial final  
c) Oração subordinada adjetiva restritiva  
d) Oração subordinada substantiva objetiva direta  
e) Oração coordenada assindética  

16. Qual alternativa tem antítese?

a) Ele gosta de praia e de montanha.  
b) O som do silêncio predominava.  
c) Subiu a montanha e desceu de trenó.  
d) Ela chorava de alegria.  
e) Está frio, mas sou calorento.  

17. Em qual das opções abaixo a palavra “bem” atua como um advérbio?

a) Bem-vindo à festa.  
b) Ele agiu muito bem na prova.  
c) O bem venceu o mal.  
d) Tinha um bem enorme por todos.  
e) Estava de bem com a vida.  

18. (ENEM) Qual frase apresenta linguagem figurada?

a) Ele levantou cedo.  
b) A grama do vizinho é sempre mais verde.  
c) Ela estuda todo dia.  
d) Vamos ao mercado?  
e) Tenho sede.  

19. O que caracteriza o gênero textual “carta formal”?

a) Linguagem coloquial e gírias.  
b) Estrutura adaptável ao contexto.  
c) Uso de vocabulário específico de área.  
d) Uso de linguagem formal e destinatário identificado.  
e) Presença de ilustrações.

20. Qual alternativa apresenta um pleonasmo?

a) Encare a realidade.  
b) Já está pronta para sair.  
c) Entrei para dentro rapidamente.  
d) Vou me deitar para dormir.  
e) Nos vimos no horizonte. 

Aula sobre figuras de linguagem

Vamos falar sobre figuras de linguagem, que são ferramentas fantásticas para enriquecer a comunicação. Elas ajudam a tornar o texto mais expressivo e impactante. Vamos dividir em algumas partes: definições, usos, exemplos e exercícios.

1. Definições e Usos

a) Metáfora
- Definição: Comparação implícita entre dois elementos diferentes que compartilham alguma semelhança.
- Uso: Criar imagens mentais e conectar ideias abstratas com algo concreto.
- Exemplo: "Ela é uma flor."

b) Comparação
- Definição: Comparação explícita entre dois elementos, geralmente utilizando palavras como "como" ou "tal qual".
- Uso: Destacar semelhanças entre dois elementos.
- Exemplo: "Ele é forte como um touro."

c) Metonímia
- Definição: Substituição de uma palavra por outra, com base em uma relação de proximidade ou parte-todo.
- Uso: Enriquecer a linguagem com elementos culturais ou históricos.
- Exemplo: "Vou ler Machado de Assis." (em vez de "Vou ler um livro de Machado de Assis.")

d) Hipérbole
- Definição: Exagero intencional para enfatizar uma ideia.
- Uso: Criar impacto emocional.
- Exemplo: "Estou morrendo de fome."

e) Eufemismo
- Definição: Suavização de uma expressão considerada rude ou desagradável.
- Uso: Tornar a comunicação mais delicada.
- Exemplo: "Ele foi para o céu." (em vez de "Ele morreu.")

f) Ironia
- Definição: Expressão de uma ideia oposta ao que se quer dizer, geralmente com intenção humorística ou crítica.
- Uso: Criar humor ou crítica sutil.
- Exemplo: "Que belo dia para chover!" em um dia de tempestade.

2. Exemplos e Contextos

- Metáfora no contexto literário: "O tempo é um rio que nos leva."
- Comparação em músicas: "Seus olhos são como estrelas no céu."
- Metonímia no cotidiano: "Ele adora um Picasso." (referindo-se a uma pintura de Picasso)
- Hipérbole em conversas: "Esperei uma eternidade por você!"

3. Exercícios

Vamos praticar com alguns exercícios simples:

Exercício 1: Identifique a figura de linguagem
a) "A cidade dormia sossegada."  
b) "Estou preso em um labirinto de emoções."  
c) "Ele é um leão em campo."  

Exercício 2: Transforme em uma figura de linguagem
a) Coma este prato especial. (Use metáfora)  
b) Ele se foi. (Use eufemismo)  
c) Trabalha muito. (Use hipérbole)


Exercício 3. Identifique a metáfora e a comparação nas seguintes frases:
a) "A vida é um mar de rosas."
b) "Ele é forte como um touro."

Exercício 4 Crie frases onde objetos ou animais tenham características humanas. 
Exemplo: "O vento sussurrava segredos em meus ouvidos."

Exercício 5. Liste cinco palavras que imitam sons e crie frases com elas.
Exemplo: "O tic-tac do relógio era constante na sala silenciosa."

Exercício 6. Encontre a hipérbole nas orações e explique o exagero:
a) "Estou morrendo de rir."
b)"Vou explodir de tanto comer."

Exercício 7Identifique e explique a oposição de ideias nas frases abaixo:
a) "Na vida tudo passa, só o amor fica."
b) "Ele é tão rico de amor quanto pobre de dinheiro."

Exercício 8Identifique o paradoxo nas frases e explique seu efeito:
a) "O silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente."
b) "Menos é mais."

Exercício 9Escreva um pequeno texto ou poema que utilize pelo menos quatro figuras de linguagem diferentes.

20 exercícios sobre Advérbios

Vinte (20) questões que podem ajudar a avaliar o conhecimento dos alunos sobre advérbio. Elas podem ser adaptadas para os anos finais do Ensino Fundamental e  ensino Ensino Médio. Essas questões cobrem diferentes aspectos dos advérbios, como tipos, funções, identificação e uso em frases.

20 exercícios sobre advérbios

1. Definição e Identificação
   - O que é um advérbio? Dê dois exemplos em uma frase.

2. Função do Advérbio
   - Explique qual é a função principal de um advérbio em uma frase.

3. Tipos de Advérbios
   - Cite quatro tipos de advérbios e forneça um exemplo para cada tipo.

4. Advérbios de Modo
   - Identifique o advérbio de modo na frase: "Ela cantou lindamente durante o show."

5. Advérbios de Tempo
   - Qual é o advérbio de tempo na frase: "Eles partirão amanhã cedo."

6. Advérbios de Lugar
   - Encontre o advérbio de lugar na seguinte frase: "O cachorro está lá fora."

7. Advérbios de Intensidade
   - O que são advérbios de intensidade? Dê um exemplo em uma frase.

8. Advérbios Interrogativos
   - Qual é a função de um advérbio interrogativo? Dê um exemplo.

9. Posição do Advérbio
   - Explique como a posição de um advérbio pode mudar o significado de uma frase, se aplicável, forneça um exemplo.

10. Transformação em Advérbio
    - Transforme o adjetivo 'rápido' em um advérbio e use em uma frase.

11. Diferença entre Advérbio e Adjetivo
    - Qual a diferença entre um advérbio e um adjetivo? Dê exemplos para ilustrar.

12. Advérbios de Afirmação
    - Identifique o advérbio de afirmação em: "Ela realmente gosta de música clássica."

13. Advérbios de Negação
    - Encontre o advérbio de negação na frase: "Ele não fez o dever de casa."

14. Advérbios de Dúvida
    - Cite uma frase usando um advérbio de dúvida e sublinhe o advérbio.

15. Substituição
    - Substitua o advérbio por outro de mesmo tipo: "Ele falou calmamente."

16. Comparação entre Advérbios
    - Transforme o advérbio "frequentemente" em uma frase que indique maior frequência.

17. Uso Incorreto
    - Identifique o erro na frase: "Ele trabalha bem rápido rápida."

18. Criação de Frases
    - Crie uma frase usando dois advérbios de tipos diferentes.

19. Advérbios na Literatura
    - Escolha um trecho de um livro famoso e destaque o uso de pelo menos dois advérbios.

20. Crítica e Reescrita
    - Reescreva a frase corrigindo o uso inadequado dos advérbios: "Ela sempre não chega tarde."

Essas questões cobrem uma variedade de aspectos sobre o uso de advérbios e certamente ajudarão os estudantes a aprofundarem seu conhecimento nessa área gramatical.

3.8.25

Aula sobre Transitividade Verbal com atividades

Os verbos podem ser classificados de acordo com a necessidade de complementos para que seu significado fique completo. Essa é a ideia central da transitividade verbal. Existem algumas classificações principais:

1. Verbos Transitivos Diretos (VTD): Esses verbos precisam de um complemento sem preposição, chamado objeto direto. Por exemplo, em "Ele comeu a maçã", "comeu" é um verbo transitivo direto e "a maçã" é o objeto direto.

2. Verbos Transitivos Indiretos (VTI): Esses verbos precisam de um complemento com preposição, chamado objeto indireto. Por exemplo, em "Ela gosta de música", "gosta" é um verbo transitivo indireto e "de música" é o objeto indireto.

3. Verbos Transitivos Direto e Indireto (VTDI): Também conhecidos como bitransitivos, esses verbos exigem dois complementos: um sem preposição e outro com preposição. Por exemplo, em "Ele entregou o livro ao amigo", "entregou" é um verbo transitivo direto e indireto, "o livro" é o objeto direto e "ao amigo" é o objeto indireto.

4. Verbos Intransitivos: Esses verbos não precisam de complemento e o significado já é completo. Por exemplo, em "Eles chegaram cedo", "chegaram" é um verbo intransitivo e "cedo" é um adjunto adverbial, não um complemento do verbo.



10 exercícios sobre a transitividade verbal para ajudar a fixar o conceito:

1. Identifique a transitividade dos verbos nas frases abaixo:
 
a) Ela assistiu ao filme no cinema.
b) Comemos pizza ontem à noite.
c) Ele confia muito nos amigos.
d) Daniela abraçou a mãe.

2. Classifique os verbos em transitivos diretos, transitivos indiretos ou intransitivos:

a) Mariana precisa de ajuda.
b) Eles partiram cedo.
c) Compramos um carro novo.
d) A criança sorri.

3. Coloque um "D" para objeto direto, um "I" para objeto indireto ou "N" para quando não houver complemento nas frases:

a) Os alunos esperam o professor.
b) Ele mora em São Paulo.
c) Gosto muito de chocolate amargo.
d) Maria sempre elogia seus colegas.

4. Transforme as frases ao adicionar ou retirar complementos de acordo com a transitividade do verbo:

a) Ele levou ___ para o trabalho.
b) Ela precisou ___.
c) ___ Prepararam a festa.

5. Analise as sentenças e corrija as que contêm erros relacionados à transitividade dos verbos:

a) Ele assistiu o filme ontem.
b) Nós esperamos por esta oportunidade.
c) Lembrei do seu e-mail.

6. Identifique os objetos diretos e indiretos nas frases:

a) A professora deu o livro aos alunos.
b) Meu pai comprou presentes para nós.

7. Indique a transitividade e categorize os complementos:

a) Oferecemos nossa casa aos convidados.
b) Eles vencerão o jogo amanhã.

8. Reescreva as frases com outro verbo que mantenha a mesma transitividade:

a) Eu ouço música todos os dias.
b) Ela visita seus avós aos domingos.

9. Explique a transitividade do verbo destacado nas frases:

a) Ele perdoa os amigos rapidamente.
b) Nós confidenciamos nossos segredos aos amigos.

10. Crie frases usando os seguintes verbos e indique sua transitividade:

a) ensinar
b) precisar
c) cair

Prova de revisão de Língua Portuguesa

Vinte ( 20) questões de revisão que podem ser usadas em um teste de Língua Portuguesa para os anos finais do ensino fundamental. Essas quest...